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Na Tua Palavra |
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D. Nuno Brás
Homenagens sem esperança
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Têm-se multiplicado, desde o dia 13 de novembro, as homenagens aos mortos dos atentados de Paris. É certamente importante não esquecer as várias centenas de mortos inocentes – os mortos de Paris e os mortos de tantas outras partes do mundo que o fanatismo islâmico, nestes últimos tempos, tem ceifado à convivência com os seus.
Mas estas homenagens estão longe de convencer. Nelas, aquilo que se faz é chorar os mortos e jurar vingança; a terminar, entoa-se a “Marselhesa”, o hino guerreiro que encontra a sua origem nos episódios sangrentos da Revolução Francesa, tempo de que ninguém tem saudades (a não ser os terroristas, que continuam a mesma lógica violenta). Quase nos levam a interrogar se não existirá outra saída que não a de uma espiral de morte.
Se olharmos bem, em quase todas estas homenagens a vida foi a grande ausente: todos se conformavam com a morte. Talvez porque são homenagens aos mortos; mas creio, sobretudo, porque o ódio e o medo passaram a habitar um pouco mais nos corações.
A fé cristã importa-se pouco com as homenagens aos mortos. Dá antes glória Àquele que para nós conquistou a Vida, e que no-la oferece já agora como Vida eterna: Jesus Cristo, em quem e para quem todos vivem.
E, com esta certeza da Vida, a fé convida-nos a viver na esperança: esperança para nós que vivemos e, sobretudo, a esperança na vida eterna para todos – para os que morreram, para os que mataram e para nós que continuamos a peregrinar sobre a terra.
Não esqueço, no entanto, as palavras do jornalista francês Antoine Leiris, marido de uma das vítimas do atentado: “vocês não terão o meu ódio”, escrevia, dirigindo-se aos assassinos da esposa. E se é certo que as suas palavras não deixaram de tocar a todos, não posso esquecer também aquelas outras de Jesus, que nos convidam a ir muito mais além: “amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mt 5,44). No meio do que parece ser a morte, é-nos proposta uma “espiral de vida”.
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