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Na Tua Palavra |
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D. Nuno Brás
Ano da Vida Consagrada
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Seria impossível compreender a Igreja sem fazer referência à vida consagrada. O mesmo é dizer: sem fazer referência àqueles batizados que procuram viver radicalmente a sua condição de cristãos fazendo os votos de pobreza, castidade e obediência.
Logo desde os primeiros tempos, muitos foram os homens e mulheres que escutaram o apelo do Senhor a deixar tudo para ser sinal do mundo novo que o próprio Jesus inaugurou com a Sua ressurreição, procurando vivê-lo, tanto quanto possível, já neste mundo, sem nunca deixar de afirmar a esperança da sua plenitude no Reino do Pai.
Uns começaram por ir para o deserto, sozinhos; outros reuniram-se em pequenas comunidades. Séculos depois, foi o tempo dos mosteiros beneditinos e de toda a revolução espiritual que eles trouxeram à Europa destruída e preocupada apenas com a mera sobrevivência material. Logo a seguir, foi o grito de pobreza de S. Domingos e de S. Francisco, que ecoou por toda a cristandade, e que a todos convidava ao regresso ao Evangelho e à transparência de Cristo. Mais tarde foi a reforma espanhola da vida missionária com a Companhia de Jesus, e da vida contemplativa com Santa Teresa de Ávila e S. João da Cruz. Por fim, no séc. XIX, foi a “explosão missionária” de tantas congregações masculinas e femininas que se lançaram para o desconhecido e que ainda hoje constituem em muitas terras da África, da América Latina e da Ásia, o sustento da vida – da vida da fé e também da própria vida humana: dos irmãos e irmãs que servem as populações mais carenciadas nas escolas, nos hospitais e em tantas as outras obras, ou que, simplesmente, partilham com esses povos a sua condição de pobreza, imitando a Jesus, que se fez pobre por todos nós. E, no nosso tempo, as novas “comunidades de vida” que procuram viver a radicalidade da consagração no seio deste mundo novo que está a surgir.
São dois mil anos de procuras e de respostas. Em comum, toda esta epopeia da vida consagrada tem uma marca: tratou-se sempre de uma espécie de “protesto” do Espírito Santo, frente a um modo de vida cristã demasiado aburguesada e com poucas raízes no Evangelho.
Hoje, dá-me a sensação de algum esquecimento. Muitos são aqueles que, simplesmente, desconhecem a existência da vida consagrada. E muitos também aqueles consagrados que se esqueceram da sua missão na Igreja. Este ano da Vida Consagrada convém que desperte em toda a Igreja um olhar grato para os tempos passados, a vida presente apaixonada pelo Evangelho e um olhar de esperança para o futuro do Reino de Deus.
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