Como é o Jesus que eu idealizo?
Por vezes, penso que andamos à procura de um Deus que seja feito à nossa imagem e semelhança, mas esquecemo-nos que fomos nós criados por Ele, à Sua imagem e semelhança. E como tal, Deus sonhou-nos com uma perfeição que não chegamos a alcançar porque tantas vezes escolhemos seguir por caminhos errados.
A nossa humanidade faz vir ao de cima as muitas fragilidades que temos e que procuramos justificar ou legitimar para nos sentirmos bem com a nossa consciência, esquecendo a consciência do pecado.
O Deus que nos criou deu-nos a liberdade para escolher, esperando que a escolha seja pelo bem, porque Ele não se desdiz. Por isso, espera a boa utilização da minha liberdade.
O mais difícil, na nossa vida espiritual, é reconhecermos as nossas imperfeições e aceitarmos caminhar com elas. No entanto, aceitar caminhar não significa permanecer deliberadamente nas imperfeições, sobretudo quando, da nossa parte, podemos fazer algo para mudar, crescer, amadurecer. Sabemos que somos sempre pecadores e tantas vezes cometemos o mesmo pecado, mas levantando-nos e recomeçando de novo podemos fazer o caminho que Deus espera e que conduz à santidade. Como dizia o beato Tiago Alberione, é preciso “melhorar um bocadinho em cada dia”, e “quanto mais se avança na idade, mais nos habituamos aos nossos defeitos”, pelo que “piora-se na medida em que assumimos hábitos fixos”. E a tendência, é a de piorar. Por isso, é preciso fazer o caminho de não permanecer no erro.
O Sacramento da Penitência, pelo perdão de Deus, está sempre disponível e é cura, mas se eu deixar de chamar pecado ao que já me habituei na minha vida, não poderei fazer a experiência da alegria do perdão que o Papa Francisco recordava esta semana aos jovens na visita à Eslováquia. “Depois de cada confissão, permanecei um momento a recordar o perdão que recebestes. Mantém essa paz no coração, essa liberdade que experimentaste dentro de vós. Não os pecados, que já não existem, mas o perdão que Deus te ofereceu, a carícia de Deus Pai.”
Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor
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