Os jovens da Catequese ‘Say Yes’ da Paróquia de São Lucas da Freiria, Torres Vedras, realizaram, a 8 de janeiro, a entrega de mantas e alimentos a pessoas na situação de sem-abrigo, em Lisboa. “A intenção era fazer chegar ao maior número de pessoas a mensagem de que os sem-abrigo e outros que, mesmo com teto, passam necessidades ao nível de bens alimentares, é uma situação drástica, que carece da atenção e solidariedade de todos durante o ano inteiro e não apenas no Natal. Sendo assim, nada como começar por dar o exemplo”, salienta um comunicado. Durante o mês de dezembro, os jovens deixaram caixas solidárias em vários locais da freguesia (cafés, mini-mercados, centro de saúde, igreja, entre outros estabelecimentos e nas suas próprias casas) onde a população pôde deixar o seu contributo. “Na hora de fazer as contas, ficou provado que, apesar da grave situação que o país atravessa, ainda há quem não deixe que isso afete o amor ao próximo e a solidariedade, superando qualquer ato de egoísmo, pessimismo ou descrença no futuro”, frisa a nota. O valor angariado serviu “para comprar 65 mantas bem quentinhas” às quais foram juntados “alguns alimentos, num total de 65 sacos individuais”.
Rumo a Lisboa, a primeira paragem aconteceu junto à Gare do Oriente. “Fomos muito bem recebidos pelos mais necessitados, a quem distribuímos os sacos e também uma palavra de conforto que, para quem vive na rua, sem ninguém, é talvez o maior aconchego que possa receber. Seguimos viagem para outros pontos da capital, para distribuir os restantes sacos”, conta o texto. Distribuídos quase todos os sacos, e já perto da hora do recolher obrigatório, os jovens deixaram as mantas e alimentos que restavam com a Proteção Civil de Lisboa, que estava no mercado de Santa Clara. “De coração cheio, regressámos a casa com a certeza reforçada de que os afetos jamais podem ser desprezados. Temos a certeza de que, naquela noite, aquecemos o coração de dezenas de sem-abrigo. E acalentamos a esperança de poder voltar a repetir este ato de solidariedade as vezes que conseguirmos”, desejam.
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Os jovens ainda trocaram dois dedos de conversa com o Jorge (nome fictício), que aceitou posar para a foto de costas. “Tenho família e eles não fazem ideia de que vivo na rua. Mas foi uma opção minha. Não concordo com os princípios deles e eles não concordam com os meus. Por isso decidi sair de casa. Mas depois com a pandemia arranjar emprego foi difícil e olhe, lá fui ficando a arrumar uns carros durante o dia e durmo aqui neste cantinho. É difícil, claro, não temos o mínimo de conforto, as noites são longas e frias, a fome por vezes chega a meio da noite e não há nada para comer. Mas foi a minha escolha e no fundo confesso que apesar de tudo vivo mais em Paz agora. Vamos ver o que o destino tem reservado para mim”, partilharam os jovens da Freiria, sublinhando que, “como o Jorge, é esta a história de uma boa parte das pessoas que vivem nas ruas”.
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