Confesso que não me recordo se já aqui escrevi isto, mas o sentimento é constante e repetido: o Natal não é carnaval. Com o aproximar do Natal – aquela que é uma festa com origem no nascimento de um Menino, na pobreza de uma gruta, deitado numa manjedoura, vindo, na sua pobreza, com a riqueza da sua vida e do seu amor, para nos provar e testemunhar o amor de Deus –, são cada vez mais constantes as manifestações folclóricas que desviam e desvirtuam o sentido do Natal. Nas ruas, fazem-se autênticos desfiles de máscaras, promovem-se feiras, certames, atrações turísticas para, talvez, recriar o Natal, deixando de lado o seu ‘Autor’. Entenda-se, aqui, a palavra recriar como algo que é novamente criado, não reconstituído. Parece que se quer inventar um Natal diferente, colocando de lado a sua origem que está em Jesus Cristo. Mas, afinal de contas, essa parece ser a vontade humana: o homem quer recriar e recriar-se a si próprio, pondo de lado e substituindo-se ao Criador, Deus; quer decidir sobre a vida, desde a conceção até à morte; quer criar novas formas de ser humano, a partir de novas atitudes comportamentais, definindo-as como géneros; quer viver atolado nos seus diversos poderes, etc. Mas, ao impedir o nascimento, ao forçar a morte, ao rejeitar o que é e como foi criado, ao querer reinar no mundo, invocando uma liberdade pessoal, sobrepondo-se a tudo e a todos, o homem aprisiona-se ao que são os seus sentimentos, vontades e desejos e descobrirá, certamente, um mundo vazio.
Mas, recordemos, no entanto, que foi mesmo por isso que Deus encarnou, fez-se Homem para dar-nos a possibilidade de nos enchermos do verdadeiro Amor, e salvar-nos da morte eterna a que o pecado nos leva. Por isso, aquele que aceita Jesus Cristo na sua vida, e deixa que a sua vida seja transformada e conduzida por Deus, faz a experiência dessa Salvação e deixa que o Natal possa acontecer na sua vida.
Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor
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