Cerca de centena e meia de participantes – entre técnicos de saúde e profissionais da área social, Voluntários, Capelães e Assistentes Espirituais Hospitalares – marcaram presença no Seminário ‘Do Alto do Tempo – Envelhecimento e Espiritualidade’, que se realizou em Fátima, nos dias 30 de novembro e 1 de dezembro, e foi promovido pela Coordenação Nacional das Capelanias Hospitalares e pela Associação Portuguesa de Capelães e Assistentes Espirituais Hospitalares.
Todos envelhecem, porém, poucos vivenciam essa velhice de uma forma que lhes seja satisfatória. Nesse sentido, a impossibilidade de controlar os efeitos do tempo no sujeito torna-se, muitas vezes, razão de angústia e de sofrimento psíquico. Ao longo das reflexões propostas neste Seminário ressaltou, também, o paradoxo existente na sociedade contemporânea, segundo o qual as diversas ciências – entendidas como tecnologias – se empenham em ampliar a expectativa de vida, embora, ao mesmo tempo, raramente se mostrem preparadas para acolher os idosos em modo de dignidade e potenciando condições dignificadoras.
Por outro lado, foi também sublinhado neste Seminário que a ideia social do envelhecimento é tantas vezes evitada, como se este se assemelhasse a uma doença que deve ser combatida, tratada ou vivida como um castigo do desenvolvimento humano; algo que deve ser prevenido.
Nos testemunhos de vida partilhados por Helena Sacadura Cabral e o padre Vítor Feytor Pinto ficou, contudo, bem clara a ideia de que o envelhecer se apresenta sempre acompanhado de uma história de vida, um dos aspetos fundamentais da maneira como o sujeito envelhece. Diversos participantes deste Seminário sublinharam, a este propósito, o valor que as pessoas mais idosas podem aportar também como um precioso contributo social através da partilha das suas experiências de vida, conhecimentos e sabedoria.
Ministros da vida
Numa perspetiva mais positiva foi também apresentado o facto de um adequado processo de envelhecer poder gerar na pessoa idosa um processo de ressignificação e valorização da vida. Frente a uma mentalidade secularizada, que muitas vezes se apresenta sem respeito pela própria vida, especialmente quando se é idoso ou mais débil, é necessário sublinhar que toda a vida é um dom de Deus, e em cuja defesa todos devem estar comprometidos.
Com particular responsabilidade este dever de defesa da vida cabe aos agentes de saúde, aos Capelães, aos Assistentes Espirituais e aos agentes de pastoral cuja missão especifica consiste em serem autênticos “ministros da vida” em todas as suas fases e, especialmente, naquelas que estão mais marcadas pela fragilidade e pela doença.
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