O Bispo Auxiliar de Lisboa D. Joaquim Mendes desafiou os cristãos a serem construtores de pontes, não de muros, tendo em vista a reconciliação, a comunhão e a unidade. Foi durante o VII Encontro Cristão, em Sintra.

No salão paroquial da Igreja de São Miguel, respondendo à pergunta ‘Deus nos reconciliou consigo’ (2 Cor 5,15), D. Joaquim Mendes começou por referir que “a primeira forma de evangelização é este testemunho de comunhão”. “Não há verdadeira evangelização se não há comunhão, comunhão com Deus e comunhão entre aqueles que acolhem Jesus como seu Senhor e compartilham com Ele a vida e a missão”, realçou o Bispo Auxiliar de Lisboa, convidando depois à busca dos mesmos sentimentos de Cristo: “Em relação à segunda parte da pergunta, como ser participantes/colaboradores na missão da reconciliação, da comunhão, da unidade, é ser construtor de «pontes», não de muros; é ser mediador e instrumento de aproximação de uns dos outros, ajudando a remover os obstáculos que dividem; é ajudar a «desarmar» os corações dos ódios, dos rancores, dos ressentimentos. É estar possuído pelos mesmos sentimentos de Jesus, é desejar a comunhão e a unidade, para tornar presente o Reino de Deus, que é um Reino de verdade, de amor, de vida e de paz”.

Na noite do passado dia 28 de janeiro, o VII Encontro Cristão teve como tema ‘Reconciliação - É o amor de Cristo que nos impele’ (cf. 2 Coríntios5,14-20) e juntou representantes de várias Igrejas cristãs que, juntas, oraram, louvaram e partilharam experiências e testemunhos. Durante este encontro, foi ainda assinada, por todos os líderes das igrejas e comunidades cristãs presentes, a Declaração de Sintra com o título ‘Reconciliados com a vida!’. “Reconciliados com Cristo queremos caminhar com cada Próximo para que todos possamos celebrar a vida. Reconhecemos a distância que separa este sonho da realidade, mas queremos, impelidos por Cristo, ser construtores de uma vida com plenitude. Solidariamente com todos os homens e mulheres, queremos ultrapassar as fragilidades que impedem a plenitude da vida”, refere a declaração.