O Cardeal-Patriarca de Lisboa convidou as comunidades cristãs “a serem para o mundo a visão da paz, a raiz da paz, a força para a paz”. A celebração de D. Manuel Clemente com os jovens do ‘Eu Acredito’ decorreu a 1 de janeiro, Dia Mundial da Paz.
“O Menino, ao colo de sua Mãe, com José, seu Pai adotivo e guardião: esta é a visão da paz. Quando Deus nos dá a sua última palavra, dá-a desta maneira. É assim que Deus se manifesta e é a partir daqui que tudo o mais pode acontecer, naquela Sagrada Família, em cada família também e na família que todos nós somos chamados a ser, em termos de familiaridade, em termos de fraternidade, em termos de mútua compreensão, em termos de apoio constante, em termos de não desistir de ninguém”, frisou o Cardeal-Patriarca de Lisboa, nesta celebração nos Jerónimos. “O Papa diz, na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, que se queremos garantir a paz por uma atitude de não-violência ativa e comprometida, no sentido do bem e da resolução dos conflitos, então a primeira aprendizagem tem de ser feita na família”, lembrou ainda.
Esta celebração do Dia Mundial da Paz teve lugar na Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, na presença da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima. “O Papa insiste que a guerra não se vence com a guerra, mas basicamente os conflitos vencem-se com mais paz e mais intenções de recuperar o outro, mesmo quando o outro está contra nós. Isto chama-se, também, a não-violência. Cristo triunfou pela não-violência, triunfou porque o desejo de paz conseguiu superar todo o ódio que se levantava à sua volta”, apontou.
O Cardeal-Patriarca referiu ainda que a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz recorda alguns casos de como “uma não-violência ativa resolve conflitos”, exemplificando com Martin Luther King, “que de uma maneira não violenta conseguiu a emancipação das pessoas de cor nos Estados Unidos da América”, Mahatma Gandhi, “que é um caso evidente de como se constitui uma grande nação, a união indiana, com uma atitude não violenta”, ou “uma senhora da Libéria, que com outras senhoras, aplicando-se intensamente na oração conseguiu ultrapassar muitas dificuldades e muitas restrições aos direitos humanos”. “A história está cheia destes elementos e argumentos que nos podem garantir que quando se fala de não-violência ativa – aquela que não deixa de estar na luta e em todas as frentes – se prova que é possível. Não são quimeras, ilusões ou utopias. A não-violência ativa é a maneira mais eficaz de conseguir a paz, até porque consegue fazer amigos de muitos dos seus inimigos”, reforçou, lembrando ainda “o caso de Nelson Mandela, na África do Sul”.
Após a celebração, na Igreja de Santa Maria de Belém, no Mosteiro dos Jerónimos, o Cardeal-Patriarca, os jovens do ‘Eu Acredito’ e restante assembleia seguiu em procissão de velas, com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, até ao Padrão dos Descobrimentos onde foi feita uma oração pela paz.
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