O grupo de namorados Caminhamos ConTigo nasceu da ideia de 6 jovens católicos com 20 e poucos anos no verão de 2015. Jovens com 8 a 10 anos de caminhada de Grupos de Jovens paroquiais e com namoros “mais sérios” mas que queriam mais... mais do que nos era oferecido até então.
A ideia era conhecer melhor a realidade do matrimónio e de uma vida a Três no dia-a-dia. Ao fim de alguns cafés e de muitas ideias decidimos que queríamos estar e ouvir o testemunho dos casais ao jantar fora dos esquemas habituais de testemunhos que conhecíamos. Porém nenhum de nós tinha casa ou um espaço para receber os casais. Foi então que nos lembramos de “invadir” a casa das famílias e pedir um testemunho levando a refeição toda preparada para a família e para nós. Compreendemos que faria toda a diferença jantar e partilhar o testemunho no espaço e tempo do casal.
O projeto foi ganhando forma e achamos importante ter dois casais tutores que nos pudessem ir orientando e dando tarefas. Falamos com a Suse e o Tó e a Olga e o Pedro, dois casais da nossa paróquia que adoraram a ideia e em conjunto rezando tornou-se possível!
Assim sendo, durante 1 ano visitamos todos os meses um casal diferente, intercalando com estes nossos tutores. Escolhemos casais com idades e histórias de vidas muito diferentes para podermos ter um maior leque de experiências e testemunhos. Nos jantares com os nossos tutores além da experiência de vida deles, os mesmos preparavam-nos uma atividade em casal para podermos refletir e pensar em várias temáticas. Já nos jantares com os casais convidados, enviávamos uma carta a convidá-los para o serão pedindo um testemunho da história de vida deles, que surgia natural e espontaneamente durante o jantar.
Para nós, foram jantares recheados de testemunhos fortes de homens e mulheres que decidiram dar a vida um ao outro, contruindo uma família, em nome do amor de Jesus. Vidas cheias de alegria, mas também de muitas tristezas e dificuldades, porém algo era comum a todas as famílias que visitamos, todas nos acolheram como família deles e demonstravam um verdadeira alegria de jesus. Foram noites fantásticas repletas de partilhas de fé e de vida que nos inspiraram a todos, dos cinco casais, três casaram durante este tempo e os outros estão noivos!
Agradecemos aos nossos tutores e a todos os casais que nos receberam bem como a Deus nosso Senhor pela graça de nos permitir viver esta experiência.
texto por Márcia e David, Paróquia Cristo-Rei da Portela
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Testemunho
A importância da oração em família
Desde o tempo de namoro cultivámos a oração a dois; recordamos em especial a oração do terço antes de alguma decisão ou em situações de falta de consenso. Apesar de nem sempre ser espontâneo ou atrativo rezar, o resultado era compensador: paz e alegria.
Tínhamos o sonho de construir um casamento sólido e a consciência de que o decisivo não era apenas encontrar a “pessoa certa”, mas convidar Deus para nos ajudar a construir o nosso futuro lar. Depois de um ano de namoro, procurámos outros pares para formaram connosco um grupo de namorados no Movimento de Schoenstatt.
Após o casamento e com o nascimento dos nossos 4 filhos, sempre os levámos à Missa. No início, o nosso lugar era estrategicamente ao pé da porta para saídas de emergência quando resolviam soltar os pulmões. Agora, a perseverança na participação da Missa em família está a dar os seus frutos com a autonomia dos mais velhos, que já vão sozinhos à Missa na Igreja Paroquial de Cascais quando os seus horários não se conjugam com os nossos.
Em casa, com os três filhos mais velhos aconchegados na cama de casal, líamos as histórias da Bíblia. Entretanto cresceram e fomos perdendo o hábito de rezar juntos até que a nossa filha mais nova percebeu que se dissesse “olação” conseguia negociar mais algum tempo acordada. Durante bastante tempo, invariavelmente, era a mais pequenina da casa a convocar todos para a oração da noite. Recentemente a nossa filha mais velha decidiu ir para numerária da Opus Dei e agora é ela que vem pedir: “querem rezar o terço?” e, mais uma vez, uma filha nos desarma juntando a nós um ou outro dos filhos no nosso Santuário-lar.
Pouco tempo depois de casar constituímos um grupo de casais, a União Apostólica de Famílias de Schoenstatt. Tem sido decisivo para a nossa família a convivência e o exemplo destas famílias, acompanhadas por um Sacerdote e Irmã. A oração em comum e de uns pelos outros nesta família de famílias é um dos fatores que pode explicar que cada um dos 8 casais resista sólido à passagem dos anos: “Família que reza unida permanece unida”.
texto por Margarida e Miguel Santos Jorge
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Próxima atividade
Formação para Agentes da Pastoral Familiar
Inicia no próximo dia 28 de janeiro de 2017 a 3ª edição da formação para agentes de Pastoral Familiar. Dirige-se a todas as pessoas que colaborem com paróquias, grupos ou movimentos na área da pastoral familiar, preparando-as para melhor realizar o seu serviço.
Esta formação decorre no Centro Diocesano de Espiritualidade, no Turcifal (Torres Vedras), entre as 10h e as 18h, e compreende três módulos:
· Módulo 1 – O que é Pastoral Familiar? – 28/01/2017
· Módulo 2 – A Família no magistério pós conciliar – 18/02/2017
· Módulo 3 – Teologia prática sobre a Família – 18/03/2017
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ComTributo à Igreja: “O bem da família é decisivo para o futuro do mundo e da Igreja.”
A realidade e os desafios das famílias, é o nome do Capítulo II da Amoris Laetitia. Por ser muito rico este capítulo, irei dividi-lo em dois. A primeira parte no mês de Dezembro, sobre a situação atual da família, e a segunda em Janeiro.
Foi conclusão final do sínodo, que “… os indivíduos são menos apoiados do que no passado pelas estruturas sociais na sua vida afetiva e familiar.” O perigo do individualismo é crescente, sendo que cria nas “… famílias dinâmicas de impaciência e agressividade.” "…Em muitos países onde diminui o número de matrimónios, cresce o número de pessoas que decidem viver sozinhas ou que convivem sem coabitar.” Confunde-se liberdade com o que cada um acha que é a sua verdade (…), como se, para além dos indivíduos, não houvesse verdades, valores, princípios que nos guiam, como se tudo fosse igual e tudo se devesse permitir.” Vive-se pois numa dicotomia: se por lado tenho medo da solidão e quero ter uma relação, por outro tenho medo de adiar aspirações pessoais. Assim, a nós católicos, é-nos pedido que apresentemos “as razões e os motivos para se optar pelo matrimónio e a família”.
O ponto 36 é um “puxão de orelhas” ao que foi feito, para nos desafiar a fazermos melhor. “… não fizemos um bom acompanhamento dos jovens casais nos seus primeiros anos, com propostas adaptadas aos seus horários, às suas linguagens, às suas preocupações mais concretas.”
“Somos chamados a formar as consciências, não a pretender substituí-las”, e se o fizermos conseguimos chegar ao objetivo que Jesus nos testemunhou: “Muitos não sentem a mensagem da Igreja sobre o matrimónio e a família como um reflexo claro da pregação e das atitudes de Jesus, o qual, ao mesmo tempo que propunha um ideal exigente, não perdia jamais a proximidade compassiva às pessoas frágeis como a samaritana ou a mulher adúltera.
A “cultura do provisório”, onde se acredita que o Amor é “…como acontece nas redes sociais, se possa conectar ou desconectar ao gosto do consumidor e inclusive bloquear rapidamente.” A acrescer a este facto, há também uma “…obsessão pelo tempo livre…”, bem como um narcisismo crescente. “Mas quem usa os outros, mais cedo ou mais tarde acaba por ser usado, manipulado e abandonado com a mesma lógica. Faz impressão ver que as ruturas ocorrem, frequentemente, entre adultos já de meia-idade que procuram uma espécie de «autonomia» e rejeitam o ideal de envelhecer juntos cuidando-se e apoiando-se.”
Na cultura onde vivemos, “São muitos aqueles que tendem a permanecer nas fases primárias da vida emocional e sexual. A crise do casal desestabiliza a família e, através das separações e divórcios, pode chegar a provocar sérias consequências sobre os adultos, os filhos e a sociedade, debilitando o indivíduo e os vínculos sociais.”
A juntar a isto, “a própria queda demográfica, causada por uma mentalidade anti natalista…”, deixa em risco o assegurar das gerações vindouras, bem como uma perda de esperança futura.
texto por Bruno de Jesus
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Ecos do Encontro anual de Agentes de Preparação para o Matrimónio
Realizou-se no dia 12 de Novembro, no Convento do Varatojo, Torres Vedras, o encontro anual de agentes de Preparação para o Matrimónio, com o tema “A tua descendência será numerosa”. Partilhamos o testemunho de um casal participante.
“Nestes oito anos que levamos nesta missão nos Encontros de Preparação para o Matrimónio a sociedade em que vivemos mudou muito. Os casais de noivos que chegam até nós vivem situações de vida bem diferentes. No encontro de 2008, só um dos cerca de vinte casais de noivos vivia em comum. Neste último, de 2016, só um dos casais ainda não vivia em comunhão. Muitos já têm filhos e muitos dos que nos chegam trazem licenciaturas.
Podemos dizer que durante este tempo só o Amor de Deus se manteve imutável, pelo que tudo o resto foi mudando e nós também tivemos que nos adaptar. Sentimos a grande responsabilidade na nossa missão já que, em muitos casos, este encontro dos noivos com a Igreja é o único em muitos anos. É também uma oportunidade para lhes darmos a conhecer a Igreja de Cristo e o que podem esperar dela.
Nos últimos três anos temos tido a oportunidade, criada pela Pastoral da Família da nossa Diocese, de nos encontrarmos com outros agentes de outros locais a fim de trocar experiências que nos possam ajudar a cumprir melhor esta missão. A qualidade e intensidade dos encontros são muito significativas e sempre a melhorar. As equipas organizadoras entregam-se com total dedicação à missão de servir e os resultados estão à vista. Este encontro de 12 de Novembro no Convento do Varatojo foi uma experiência riquíssima de partilha sobre o tema da Fertilidade. Uma abordagem bem diferente do que esperávamos e a merecer a nossa atenção para os futuros encontros com os noivos.
Sempre ouvimos dizer que só perde quem não está presente. Muitos nossos irmãos não puderam estar nos encontros até agora realizados mas, a boa notícia é que outros encontros virão e deles esperamos vir a acolher mais testemunhos e experiências.”
texto por Aldina e António de Sousa
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Ecos do Encontro anual de Agentes de Preparação para o Batismo
No dia 19 de novembro decorreu o encontro de formação para agentes da Pastoral do Batismo, no Seminário dos Olivais, em Lisboa. Foi um encontro de formação específica para agentes que se estão a iniciar nos cursos de preparação para o batismo, e para os que já estão neste serviço há mais tempo. Participaram em ambas as formações pessoas vindas de várias paróquias da Diocese de Lisboa e com diversas experiências neste serviço. Esta diversidade revelou-se muito enriquecedora e desafiante.
O dia começou com uma dinâmica de “quebra-gelo” que nos pôs a mexer e a partilhar vivências e formas de estar na vida. Foi uma dinâmica muito bem conseguida, que envolveu pessoas que se desconheciam. Seguiu-se uma palestra cujo tema se sintetiza com a afirmação “Deus ama-nos!”. O filme “Tu és especial...” e um texto do profeta Isaías foram o mote para a oração pessoal, tempo tão importante e necessário. Ainda de manhã, os grupos separaram-se e cada um iniciou a sua formação específica: o curso o com o tema “Tu és especial” e a formação permanente com o tema “A alegria do Amor”. É de salientar este modelo de formação, pois vai ao encontro das necessidades de formação dos vários agentes.
O almoço partilhado também foi um momento importante do dia. Permitiu a partilha fraterna do pão e a confraternização entre os irmãos.
É de agradecer à equipa da Pastoral Familiar da diocese de Lisboa responsável pelos CPB, que preparou e orientou este dia, que nos desafiou a auto questionarmo-nos sobre este nosso serviço na Igreja.
texto por Cláudia Antunes, Paróquia de S. João da Talha
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