O Cardeal-Patriarca de Lisboa considera que a “única maneira de manter e acrescentar a graça” do Jubileu da Misericórdia é “aplicá-la agora com misericórdia redobrada na cidade de todos, na cidade para todos”. Na Sé Patriarcal, na celebração conclusiva do ano jubilar, D. Manuel Clemente lembrou as obras de misericórdia.
“Há uma única maneira de manter e acrescentar a graça deste Jubileu. É aplicá-la agora com misericórdia redobrada na cidade de todos, na cidade para todos. Trabalhando com Deus e no sentido dos outros. Para que as famílias sejam tomadas como primeiríssimo bem da sociedade, garantindo a cada uma casa, subsistência e possibilidade de gerar vida, educar filhos e cuidar dos idosos. Para que a rua não se torne “casa” de ninguém, apenas com o céu por teto e o frio por cobertor. Para que as nossas ruas e praças se tornem, isso sim, casa de todos, no sentido convivencial e intercultural que importa alcançar. Para que o trabalho seja tomado como condição indispensável de realização humana e assim mesmo proporcionado, digna e justamente exercido e recompensado. Para que, a quem esteja retido por doença ou prisioneiro por pena, não falte visita e reabilitação. Para que, em suma, do ventre materno à sua finalização neste mundo, a existência de cada um seja legalmente protegida e solidariamente amparada, como valor que é por si só e nunca relativizada pelos outros ou até pelos próprios”, manifestou o Cardeal-Patriarca, no passado Domingo, 13 de novembro, no encerramento diocesano do Ano da Misericórdia.
Misericórdia que toca
Na Sé de Lisboa, na presença do Núncio Apostólico, D. Rino Passigato, D. Manuel Clemente lembrou os testemunhos que ouviu durante este ano jubilar convocado pelo Papa Francisco: “Como são convincentes os testemunhos que ouvimos, de jovens e adultos que regressam de tempos oferecidos, de férias ou ainda mais, em serviço voluntário e ação gratuita ao serviço dos outros, longe ou perto! – Como realizam a paz, como alargam o coração, como assinalam o Reino! – Que convincentes são os testemunhos diários de quem não esquece os que estão sós, visita os doentes e os presos, se interessa positivamente por familiares, por colegas de trabalho ou vizinhos de rua! Têm tempo para procurar e acolher os outros, porque em todos divisam uma presença definitiva, esperada ou inesperadamente definitiva. Na misericórdia que os tocou e assim mesmo repartem vivem já no tempo de Deus eterno e sabem o que é a paz”.
O Cardeal-Patriarca concluiu a homilia “agradecendo o Jubileu, na graça que continua”. “E da única maneira legítima de o fazer, preenchendo ainda mais quanto fizermos como Igreja com sentimentos e práticas de misericórdia. Da catequese à celebração e da celebração à vida e à convivência, seja tudo repassado pela misericórdia divina, em Cristo inteiramente revelada e no seu Espírito inteiramente oferecida – a nós e aos outros, reciprocamente. Sobretudo, porque assim mesmo é Deus e só assim nos finalizamos nós, no significado pleno do que somos e havemos de ser. Mais consciência desta verdade primeira e última, maior exercício dela em práticas autenticamente cristãs, nisto atuará a graça do Jubileu da Misericórdia. E assim mesmo se prolongará no caminho sinodal que percorremos e em breve terá mais uma importante etapa”, apontou D. Manuel Clemente, referindo-se ao Sínodo Diocesano cuja assembleia vai decorrer de 30 de novembro a 4 de dezembro.
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