Em finais do mês de setembro de 2009, estava eu a iniciar o último ano de seminário, no Seminário dos Olivais, chegava a notícia da visita do Papa Bento XVI a Portugal, em maio de 2010. Diante da notícia, o meu primeiro pensamento ia para o facto de poder vir a viver esse grande acontecimento como diácono. A perspetiva da ordenação diaconal no início do Advento daquele ano, como de resto veio a acontecer, abria caminho para uma grande alegria. Essa mesma alegria levava ainda a pensar, partilhando a emoção com o meu colega de curso: “vamos ser diáconos do Papa!” E realmente fomos. Ele como assistente, ladeando o Santo Padre, eu proclamando o Santo Evangelho. Recordo, assim, com emoção a celebração daquele dia 11 de maio de 2010, no Terreiro do Paço. Recordo o sentimento de pequenez diante de tão grande dom que nos era concedido, pela proximidade junto do sucessor de Pedro, no Sacrifício Eucarístico realizado no Altar. Foram momentos inesquecíveis.
Surgem estas memórias por ocasião da notícia que nos chegou nos últimos dias da confirmação da visita do Papa Francisco a Portugal, em maio do próximo ano, por ocasião do Centenário das Aparições em Fátima. Primeiro pelo testemunho de uma breve conversa de D. Nuno Brás, Bispo Auxiliar de Lisboa, com o Papa Francisco, em Roma, e depois pela confirmação feita pelo próprio Papa em conferência de imprensa, no avião, de regresso do Azerbaijão para Roma.
Como já nos vamos habituando, embora mal, alguma comunicação social apresentou, como certo, um programa de viagem que incluía Lisboa, Fátima e Braga. Logo no momento, de Braga, chegou a reação contrária. D. Nuno Almeida, Bispo Auxiliar daquela diocese, que tinha estado em Roma com o Santo Padre, trouxe a notícia de que Braga não irá fazer parte do programa da viagem. Por seu lado, D. Nuno Brás, no final da celebração do Jubileu dos Catequistas, nos cumprimentos finais e em breves impressões com o Papa Francisco, traz a notícia de que Francisco virá a Portugal, mas apenas a Fátima. No avião, em resposta à pergunta da jornalista da Rádio Renascença, Aura Miguel, o Papa Francisco frisa: “até hoje” apenas Fátima, e ainda acrescenta, “até ao momento” apenas o dia 13, mas, adverte afirmando “pode acontecer... não sei!”. São afirmações que deixam ainda no ar uma incerteza do programa desta visita de Francisco a Portugal. Muito se poderá especular e, provavelmente, o Secretário de Estado do Vaticano, o Cardeal Pietro Parolin, que vai presidir às celebrações dos dias 12 e 13 de outubro em Fátima, deverá trazer mais alguma informação. Aguardamos por isso. No entanto, vai-se percebendo que as visitas pastorais prioritárias do Papa Francisco, que implicam maior permanência, acontecem aos lugares de periferia, e Portugal está no centro. Por isso... pode acontecer!
P. Nuno Rosário Fernandes, diretor
p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt
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