O postulador da causa de canonização de Madre Teresa de Calcutá considera que a “humildade” da religiosa era confirmada “na prontidão para perdoar e esquecer”. Numa conferência no Estoril, na noite do passado dia 26 de abril, o padre Brian Kolodiejchuk deixou um convite à prática da misericórdia.
“Durante este Jubileu da Misericórdia, a Igreja está-nos a apresentar a pessoa-modelo de Madre Teresa. Seguindo o seu ensinamento e os seus exemplos, podemos receber a misericórdia reconhecendo a nossa própria fraqueza, praticando a misericórdia, dando livremente aquilo que recebemos livremente, em especial para aqueles que estão mais próximos de nós. Madre Teresa costumava dizer: ‘Não é preciso ir até Calcutá para encontrar os pobres. Os pobres estão à nossa volta, estão mesmo na nossa própria família. O amor começa em casa’. Mesmo à nossa volta, há pessoas que precisam destes gestos muito simples, de misericórdia. Basta termos o cuidado de olhar. É assim que podemos ser, como diz o Papa Francisco, testemunhas da misericórdia”, apontou postulador da causa de canonização de Madre Teresa de Calcutá, sublinhando que o importante “não é tanto o que fazemos nem a grandeza daquilo que fazemos, mas sim o amor que colocamos naquilo que fazemos”.
Na igreja da Boa Nova, falando sobre como a religiosa viva e compreendia a misericórdia no seu dia-a-dia, o padre Brian recordou o dia em que Madre Teresa desafiou os ouvintes numa conferência. “‘Conhecem os vossos vizinhos? Sabem que vive lá um cego, um doente, um idoso solitário, sabem isso? E se o sabem, já fizeram algo? Aí está uma oportunidade para dar amor, de amanhã fazer já alguma coisa. Vejam, reparem, façam alguma coisa e verão a alegria, o amor e a paz que virão de coração, porque fizeram algo por alguém. Deram o vosso amor por Deus, numa ação vivida’”, contou.
O padre Brian Kolodiejchuk, que conheceu Madre Teresa em 1977 e com ela conviveu até à sua morte em 1997, considerou a religiosa “insuperável na virtude da humildade”. “Foi uma das mulheres mais admiráveis do planeta durante a sua vida – talvez ainda seja! –, que dizia muitas vezes: ‘Deus deu-me a graça e tudo aquilo que eu oiço, toda a bajulação e elogios, entra por um ouvido e sai pelo outro’. Uma das formas que ela tinha de mostrar esta humildade era na prontidão para perdoar e esquecer. Para Madre Teresa, isto era um reflexo da misericórdia e do perdão de Jesus. Precisamos de muito amor para perdoar e muita humildade para esquecer. Porque o perdão não é completo a não ser que nos esqueçamos também”, garantiu, no Estoril, o postulador da causa de canonização de Madre Teresa de Calcutá, padre Brian Kolodiejchuk.
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Musical sobre Madre Teresa, no Estoril
A paróquia do Estoril está a preparar um musical sobre a vida de Madre Teresa de Calcutá, que vai subir a palco no mês de setembro. O anúncio foi feito pelo pároco, padre Paulo Malícia, durante a conferência do postulador da causa de canonização de Madre Teresa de Calcutá, padre Brian Kolodiejchuk. “Seguindo a tradição desta paróquia, e a pedido do senhor Patriarca tendo em conta a canonização da Madre Teresa, teremos em setembro um musical, feito pelos nossos jovens”, revelou o sacerdote, agradecendo depois a presença na conferência das irmãs Missionárias da Caridade: “Muito obrigado por tudo o que têm feito no mundo, no nosso país e na nossa diocese”.
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