Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
A Alegria do Amor
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No dia em que vai ler este texto, já terá sido publicada a tão esperada Exortação Apostólica Pós-Sinodal do Papa Francisco sobre a Família. Digo tão esperada porque, depois da realização de dois Sínodos dos Bispos, um extraordinário e outro ordinário, sobre a temática da Família, demonstra-se e comprova-se o grande interesse manifestado pelo Santo Padre e pela Igreja, no seu todo, em ver bem tratada esta que é a célula principal da nossa sociedade.

Cada vez mais vamos observando a instituição Família a ser mal tratada, desvirtuada, alterada, seja pelas circunstâncias próprias da vida quotidiana da sociedade em que nos inserimos, seja pelas influências e imposições de novas culturas ou ideais que, em nada, contribuem para a valorização da Família. Pelo contrário, impõem-se valores consumistas e egoístas que procuram a própria satisfação ou o desejo de uma realização ou sonho pessoal, em detrimento de proporcionar um bem ou a felicidade ao outro, contribuindo para a construção de uma sociedade fundada e fundamentada no amor gratuito e generoso.

Assim, sob o título original ‘Amoris laetitia’, em português ‘A Alegria do Amor’, o Papa Francisco vem demonstrar-nos – depreendendo a partir do próprio título – o que deve estar na base familiar: o verdadeiro Amor, que sabemos que nos vem de Deus, vivido com alegria.

Não conhecemos, ainda, a reflexão que o Santo Padre elabora sobre o assunto mas, pelos sinais que o próprio nos tem dado, acredito que este seu novo texto não vai ser o que muitas correntes poderiam esperar. Procurará sim, incentivar cada vez mais à vida familiar, composta por um homem e uma mulher, acentuando, sobretudo, um desafio grande e maior à própria Igreja que deverá empenhar na “preparação remota e próxima e depois acompanhamento persistente de cada matrimónio e família”, sublinhava esta semana o Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, no início da Assembleia Plenária dos Bispos, em Fátima.

Por isso, com o objetivo de que “cada comunidade se torne família de famílias”, será necessária a consciencialização de todos e, a partir da, ainda pouca, experiência que vou tendo de preparação e acompanhamento de casais, posso testemunhar o muito que há a fazer.

Acredito, porém, que a ‘Alegria do Amor’ no casal, na família, pode ser aprendida, vivida, mas acima de tudo testemunhada.

 

P. Nuno Rosário Fernandes, diretor
p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt

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