Todos os dias vivemos encontros. Encontros na rua, no trabalho, em casa. Podem ser encontros mais curtos ou mais duradouros. Encontros que alegram ou encontros que entristecem. O encontro pode ser a possibilidade de descobrir o outro, ou do outro se me revelar. Deus fez esta experiência de encontro connosco quando se revelou ao mundo. Na sua revelação mostrou-se a cada um de nós. Mostrou-se e continua a mostrar-se.
Na passada terça-feira, ao celebrarmos a Festa da Apresentação do Senhor, pudemos recordar o encontro de Jesus no Templo, com aqueles que, há muito, o esperavam e n’Ele reconheceram o Messias. Foi um encontro que terá marcado a vida de Simeão e de Ana, e é um encontro que, ainda hoje, vai marcando a vida de muitos outros. Sobre essa festa, o Papa Francisco recordava que, sobretudo no Oriente, é dado o nome de ‘festa do encontro’ e que nela podemos ver “o início da vida consagrada”. “Os consagrados e as consagradas são chamados, antes de tudo, a ser homens e mulheres do encontro”, apelava Francisco, justificando que a vocação não parte “de um nosso projeto pensado à mesa, mas de uma graça do Senhor que nos alcança, através de um encontro que muda a vida. Quem encontra verdadeiramente Jesus não pode permanecer igual como antes”, observava o Papa. “Quem vive este encontro torna-se testemunha e torna possível o encontro para os outros”. Este é o grande desafio, não apenas da vida consagrada mas de todos os cristãos. Que a partir do encontro que realizamos com Jesus, nos tornemos também testemunhas para os outros.
Porém, para viver nessa atitude do testemunho não podemos ter vergonha do que somos ou do que vivemos como cristãos. Não podemos ter vergonha dos valores que defendemos, seja na esfera privada seja publicamente. O ser cristão, católico de prática constante não se distingue de tudo o resto que somos ou fazemos. Podemos ter maior ou menor dificuldade em assumir posições ou defender valores mas a pessoa que somos é sempre a mesma.
Com esta atitude têm testemunhado a sua fé, na nossa diocese, milhares de cristãos nas muitas ‘manifestações’ religiosas realizadas na presença da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima. Desde o dia 17 de janeiro, a Imagem Peregrina percorreu toda a nossa diocese mobilizando milhares de pessoas para uma mesma intenção: encontrar-se com Maria. No entanto tenhamos presente que este encontro serve para chegar a Jesus. Porque, em toda a sua vida, Maria sempre agiu de modo simples, humilde, discreto e sem protagonismos. A sua missão passou por trazer-nos e levar-nos a Jesus.
Acolhendo esta oferta, com gratidão, continuemos a missão a que somos chamados, cada um na sua vocação específica, mas com o mesmo sentimento e objetivo: viver e ser encontro.
Nota: Este sábado, às 17h00, há encontro marcado para caminhar com Maria em procissão do Hospital Dona Estefânia até à Igreja de São Domingos, no Rossio. Outro encontro está agendado para nos despedirmos da Imagem Peregrina, neste Domingo, às 16h00, no Mosteiro dos Jerónimos.
P. Nuno Rosário Fernandes, diretor
p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt
![]() |
Pedro Vaz Patto
No âmbito das celebrações do ano jubilar no Patriarcado de Lisboa, catorze organizações católicas (Ação...
ver [+]
|
![]() |
Tony Neves
Há notícias que nos entram pelo coração adentro deixando-nos um misto de sentimentos. A nomeação do P.
ver [+]
|
![]() |
Tony Neves
O Papa Leão XIV disse, há tempos, que ‘antes de ser uma questão religiosa, a compaixão é uma questão de humanidade.
ver [+]
|
![]() |
Guilherme d'Oliveira Martins
A presença em Portugal do Cardeal Pietro Parolin constituiu um acontecimento que merece destaque, uma...
ver [+]
|