A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) apelou à “cultura de diálogo”, à “dignificação da política” e aos “consensos nas questões fundamentais”.
“Os Bispos debruçaram-se sobre a atual situação do país, desejando que tudo decorra no quadro constitucional, sem excessiva crispação sociopolítica, geradora de insegurança e desmotivação. Apelam à cultura de diálogo e de encontro no respeito recíproco, à informação verdadeira e transparente, à sobreposição dos interesses nacionais acima dos particulares, à dignificação da política, aos consensos nas questões fundamentais, à reconciliação e à paz na diversidade, em que todos os cidadãos se sintam responsáveis”, refere o comunicado final da Assembleia Plenária da CEP, que reuniu de 9 a 12 de novembro, em Fátima.
Sobre a recente visita ‘ad limina’ dos Bispos portugueses a Roma, a reunião do episcopado garantiu atenção à família. “Continuando o caminho de renovação pastoral da Igreja em Portugal, a Assembleia procurará formas concretas dessa renovação, particularmente numa mais cuidada atenção pastoral à família e à comunidade, e num percurso catequético e formativo de acompanhamento das crianças, adolescentes e jovens”, frisa o documento, lembrando ainda “o drama dos refugiados que fogem à guerra, à perseguição e à fome no Médio Oriente e no Norte de África”, salientando que “os Bispos de Portugal continuam em sintonia com os reiterados apelos do Papa Francisco e reafirmam o dever do acolhimento em nome das raízes humanas e cristãs da Europa”.
Relativamente ao Ano da Misericórdia, a Igreja portuguesa vai procurar “uma maior atenção na celebração do sacramento da Reconciliação, na peregrinação sobretudo à Catedral, na valorização da partilha e solidariedade, nas práticas das obras de misericórdia e nas catequeses sobre a misericórdia nos tempos fortes da liturgia”.
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Feriados religiosos
Avançar com a reposição dos feriados civis e não dos religiosos “é mais um sintoma de uma laicização que eu considero excessiva da sociedade”, afirmou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Manuel Clemente, na conferência de imprensa após a Assembleia Plenária do episcopado português. Para o Cardeal-Patriarca de Lisboa, “a laicidade é um valor”, mas “a sociedade é um organismo vivo que transporta tradições, culturas, momentos de encontro, festas, ocasiões, lembranças e isso tem que estar presente e tem que ser considerado”. “Há uma considerável parte da população portuguesa que se refere à tradição católica, que veicula esses valores e que pode também ter essa materialização em datas consignadas”, destacou D. Manuel Clemente aos jornalistas, defendendo que “uma laicidade encarada positivamente não é um vazio das tradições religiosas”.
foto por MC/Agência Ecclesia
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