O padre Tolentino Mendonça sublinhou a “misericórdia como o critério de avaliação da vida da Igreja”, numa conferência que analisou, no passado dia 4 de junho, na Igreja do Coração de Jesus, em Lisboa, a bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, ‘O rosto da misericórdia’, do Papa Francisco.
“Um texto centrado na Igreja e um grande chamamento para a Igreja ser aquilo que ela é, desejando ir para fora”. Foi desta forma que o padre José Tolentino Mendonça classificou a bula que proclama o ano jubilar extraordinário da Misericórdia. Perante um auditório com cerca de 160 pessoas, o vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa começou por classificar o documento, cujos “destinatários são todos os cristãos”, como um “mapa” para a vivência do ano jubilar. “É um texto com uma expectativa enorme em relação à forma como a Igreja vai receber esta proposta. O Papa deseja que este ano santo faça uma viragem no interior da própria Igreja, renovando não só a sua linguagem mas o seu entusiasmo e a forma como a Igreja se entende a si mesma e a sua missão. A misericórdia é o critério de avaliação da vida da Igreja. Este ano santo é um ano em que as expectativas em relação à Igreja são altas. Esta bula compromete a Igreja na tradução do evangelho da misericórdia que lhe é doado por Jesus Cristo”, considerou o sacerdote, apontando os exemplos de Jesus. “Francisco, quando escreve ‘Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai’”, faz um “convite a fixar o nosso olhar no estilo de Jesus, na forma como ele se relacionava e procurava os outros. Não é só a palavra, mas é também a pessoa de Jesus”, refere.
Abertura da porta santa na Sé de Lisboa
O ano santo da Misericórdia, que começará no próximo dia 8 de dezembro, Festa da Imaculada Conceição, com a abertura da porta santa, pelo Papa Francisco, na Basílica de São Pedro, em Roma, terá também expressão na ‘Igreja Particular’ de Lisboa, com a abertura da Porta Santa da Misericórida, na Sé Patriarcal, no Domingo seguinte. O padre José Tolentino Mendonça considera este ano jubilar como “fulcral” para a caminhada sinodal que se vive em Lisboa e sublinha duas atitudes sugeridas pelo Papa Francisco para a vivência do ano santo. Em primeiro lugar, “a Igreja é chamada a viver, este ano jubilar, em estado de escuta da Palavra de Deus”. Em segundo lugar, é convidada à peregrinação. “Peregrinar é sair de si, deixando cair a construção de juízos, preconceitos, ponderações, invejas”, salientou o padre Tolentino.
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