O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) lamentou a perseguição aos cristãos. No discurso de abertura da 186ª Assembleia Plenária da CEP, em Fátima, D. Manuel Clemente falou ainda da família, da crise e pediu a alteração da lei do aborto.
No passado dia 13 de abril, no início dos trabalhos, o presidente da CEP sublinhou que o cristianismo é hoje a religião mais perseguida em termos globais. “Acompanhamos os sucessivos apelos do Papa Francisco, para que a comunidade internacional desperte para a gravíssima situação dos cristãos perseguidos em vários países do mundo – o cristianismo é hoje a religião mais perseguida em termos globais –, como continua a acontecer no Próximo Oriente e ainda recentemente aconteceu no Quénia, citando apenas duas de várias situações flagrantes ou latentes. As Dioceses Portuguesas têm compartilhado esta preocupação, com oração e ajudas materiais. Assim continuará a suceder, mas é necessário que a sociedade no seu todo mantenha este ponto na sua agenda política e humanitária, pois é duma questão básica e transversal de direitos humanos que realmente se trata”, lembrou D. Manuel Clemente.
Família, crise e aborto
Sobre a temática da família, o cardeal português definiu que “se tudo reforça o papel das famílias na Igreja e na sociedade, maior é a exigência que a sua constituição requer, concretamente na proposta “cristã” sobre o matrimónio, a sua preparação e acompanhamento”. “E tudo isto acontece numa sociedade como a nossa, em que há modos de encarar a realidade “familiar” que não coincidem com a visão cristã e católica do matrimónio e da família, exigindo-nos maior consciência do que somos e queremos ser”.
D. Manuel Clemente referiu ainda que “a sociedade portuguesa entrará em breve num período de reflexão e decisões políticas” que requerem da Igreja “uma particular atenção”. “Neste contexto, é imprescindível que os partidos e candidatos apresentem propostas concretas e consistentes para a resolução dos problemas que enfrentamos e se evite trocar causas por casos”, apontou.
Sobre a lei do aborto, o presidente da CEP lembrou a Iniciativa Legislativa de Cidadãos ‘Pelo Direito a Nascer’, pedindo uma alteração à lei portuguesa. “Em iniciativa recente, rapidamente se juntaram cinquenta mil assinaturas de cidadãos, para que a Assembleia da República veja e reveja o que está e não está a ser feito neste campo. Foi tal o envolvimento dos subscritores, que algo de novo e positivo acontecerá certamente, no plano prático e legal”, lembrou, desejando a terminar: “Como o Papa não deixa de acrescentar, a defesa da vida em gestação há de ser prevenida e acompanhada com o apoio concreto às mães gestantes. Tal deve ser uma prioridade política geral, ultrapassando o campo confessional estrito, pois se trata da base imprescindível do direito comum de todos”.
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