O Cardeal-Patriarca convidou os cristãos a prosseguirem com fé. Na Missa de Domingo de Ramos, a 29 de março, na Sé de Lisboa, D. Manuel Clemente lembrou a importância da Páscoa para a Igreja.
“Abre-se com esta celebração dos Ramos a Semana Maior da vida de Cristo, em que tudo se consuma e oferece, d’Ele para nós. E cada momento é sacramental, pois nos transmite, em gesto e palavra, o que Cristo é como Deus incarnado e o que havemos de ser, porque humanos em divinização. Palavra a palavra, passo a passo, para O seguirmos deveras e com Ele ressuscitarmos depois”, sublinhou o Cardeal-Patriarca, recordando depois a entrada de Jesus em Jerusalém: “Daí a dias, poucos dias, alguns dos que gritavam hossanas já lhe exigiam a morte, como sempre sucede no mundo dos entusiasmos fugazes, e hoje como então. Não o faremos cruentamente, mas não é escassa a alternância de grandes aclamações com grandes abandonos, para não falar em traições. E Jesus, na palavra lembrada, no sinal repetido, na humildade dos crentes, realmente crentes, continua a entrar na cidade… É certo que O aclamamos, como repetidamente acontece, quando nós e até os media nos rendemos a um testemunho evangélico consistente, da parte dalgum discípulo a sério. Mas logo vem isto e mais aquilo a desviar a atenção, a seduzir o gosto, a reduzir o impacto. Jesus entrou daquele modo, como depois morreu numa cruz – entre outras cruzes, aliás, pois era suplício corrente e abundante sob Pôncio Pilatos. Alguns e algumas perceberam o sinal, com humildade capaz de entender a própria humildade de Deus. Cabe-nos agora a nós a lição e a consequência”.
Nesta celebração na Sé Patriarcal de Lisboa, D. Manuel Clemente exortou os cristãos a seguirem Cristo. “Ponhamos n’Ele os olhos, como depois na cruz. Sigamo-lo convictamente na fragilidade que assume, transportando toda a fragilidade que somos, sobretudo dos que mais a sofrem no corpo ou no espírito. (…) Aí vai Jesus, e aí segue o próprio Deus – o Deus de Jesus Cristo! – de rua em rua, casa em casa, hospital em hospital, prisão em prisão, desamparo em desamparo… Reconheçamo-l’O de vez e sigamo-l’O prontamente. Aí mesmo, da cidade em que entra ao lugar onde termina, e já fora da cidade. Aos pés da cruz, estaremos com aquelas mulheres que não O abandonaram e com José de Arimateia, que dela O desceu para o guardar depois, e certamente mais no coração do que no sepulcro. Tanto a aprender, caríssimos irmãos, na Semana que começa! Tanto caminho por diante, na humildade de Deus! Prossigamos com fé, e que os nossos ramos não sequem!”, desejou o Cardeal-Patriarca de Lisboa, na Sé.
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