Todos os dias têm morrido, às mãos dos radicais islâmicos, várias centenas de cristãos e de muçulmanos, na Síria, no Iraque e noutros países do mundo, com frieza, maldade, fanatismo e violência. Não apenas num dia mas, infelizmente, ao longo de há tantos anos a esta parte. Os seus jornais são silenciados, as suas igrejas queimadas, as suas vidas destruídas.
Todos os dias morrem, vítimas do aborto, tantas crianças inocentes que não chegam a ver a luz. E tantas outras violências marcam o nosso quotidiano.
Sobre todos eles impera o silêncio de quem desvia o olhar como se nada fosse.
Há dias, morreram 12 jornalistas. Eram europeus e jornalistas. O seu jornal era blasfemo em relação à fé de cristãos, muçulmanos ou qualquer tipo de religião. Mas eram europeus e jornalistas. E o mundo indignou-se porque nada, absolutamente nada, justifica aquele acto. Nada justifica a frieza, a maldade, o fanatismo, a violência. Nada, rigorosamente nada. E, muito menos se realizado em nome de um deus – um deus criado nas mentes perturbadas daqueles que o inventam. Nada, nem sequer a blasfémia pode justificar a morte de alguém.
E, do mesmo modo, nada justifica a blasfémia, a ofensa ao outro nas suas convicções mais profundas. Nem a arte nem a liberdade.
E nada, absolutamente nada, justifica o silêncio diante da morte de tantos inocentes. Nada, absolutamente nada pode justificar o silêncio das conveniências internacionais e os anos que já passaram com a passividade de Estados, organizações internacionais, meios de comunicação social.
Nada, absolutamente nada justifica que andemos todos a viver de consciência tranquila como se nada fosse. Esperemos que todo este movimento criado a propósito da morte daqueles 12 jornalistas possa ser um grito de atenção para todos os outros que sofrem violência.
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