Que um fiel, que não tem uma situação económica desafogada, se veja, por isso, privado de aceder aos tribunais eclesiásticos, é um escândalo que brada aos céus. «A Igreja é tão generosa que pode fazer justiça gratuitamente» – assegurou o Santo Padre – «como gratuitamente fomos perdoados por Jesus Cristo».
O juiz da parábola não era iníquo por decidir mal, em cujo caso a pobre viúva não o importunaria, mas porque – seria nosso conterrâneo?! – «durante muito tempo» atrasou o julgamento. A justiça da Igreja não pode ser cara, nem demorada, porque se não é acessível a todos os fiéis, nem célere, é, mesmo que decida com razão, iníqua.