O Pe. Manuel Barbosa celebra este ano 30 anos de sacerdócio. Nesta edição, damos a conhecer a história do atual Secretário-geral da Conferência Episcopal Portuguesa e as missões que Deus lhe foi confiando no serviço à Igreja.
Um percurso académico entre Portugal e França
O Pe. Manuel Barbosa nasceu no dia 15 de dezembro de 1957, em Crestuma, em Vila Nova de Gaia. O seu percurso académico foi um percurso normal. Da escola primária, passou a ter aulas no seminário até ao 12º ano. No 25 de abril de 1974 frequentava o 1º ano no Instituto Superior de Estudos Teológicos. “Continuei os estudos na Faculdade de Teologia da Universidade Católica em Lisboa, onde fiz o Bacharelato em 3 anos, mais 2 para a Licenciatura (atual Mestrado Integrado) e mais 2 para o Mestrado em Teologia Sistemática. Fui convidado a lecionar algumas cadeiras no Curso de Teologia e no Curso de Ciências Religiosas como assistente durante 4 anos”, partilha. Dali seguiu para Paris onde fez o doutoramento em Teologia Sistemática e Antropologia das Religiões. Defendeu a tese do Diploma de Estudos Aprofundados e terminou a frequência dos cursos para o doutoramento em Igreja como Comunhão no Concílio Vaticano II. Não concluiu o doutoramento, por ter sido chamado a tarefas na Congregação e na Igreja em Portugal, apesar de todos os esforços para conseguir conciliar ambas.
Uma vida sempre orientada para o serviço à Igreja
Com 10 anos entrou no seminário. Passou pelo Seminário Menor dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos), do Porto e pelo Seminário Médio em Coimbra. A 7 de outubro de 1977 fez a sua Primeira Profissão Religiosa em Aveiro, após um ano de noviciado. Dali, seguiu para Alfragide onde continuou os estudos de Teologia na UCP, que interrompeu para o Estágio de vida religiosa: “Dois anos em que vamos para um seminário, colégio ou para um país onde estamos em missão”. Foi para o Funchal onde esteve dois anos “a cuidar de um grande grupo de seminaristas, acumulando com a lecionação de Matemática e Música”. Voltou a Alfragide e terminou os estudos na Universidade Católica, onde continuou como professor assistente, ao mesmo tempo que era Secretário Provincial. A 12 de agosto de 1984 foi ordenado sacerdote no Seminário Missionário Padre Dehon, no Porto, o mesmo onde tinha entrado como seminarista em 1968. Foi capelão militar na Força Aérea, de 1985 a 1987, ao mesmo tempo que era Reitor da Igreja da Força Aérea em S. Domingos de Benfica. Entre 1990 a 1996 esteve em Paris, com a missão pastoral nas comunidades portuguesas na Diocese de Corbeil-Essonnes. Entre 2001 e 2003 foi Diretor da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e de 2003 a 2009 foi Superior Provincial dos Dehonianos em Portugal. No ano de 2010 foi mestre de postulantes. Entre 2005 e 2011 exerceu o cargo de Presidente da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) e de 2006 a 2012 foi Conselheiro e, logo de seguida, Vice-presidente da União das Conferências Europeias de Superiores e Superioras Maiores (UCESM). Em maio de 2014 foi eleito Secretário-geral da CEP e, desde, 2010 exerce as funções de Reitor do Seminário de Alfragide.
Uma vivência feita de alegrias e de alguns sofrimentos
“Viver a minha vida cristã como sacerdote dehoniano é a marca principal da minha existência, onde a família está bem presente, em particular os meus já falecidos, ao respeitarem desde sempre a minha resposta ao chamamento que o Senhor me fez. 37 anos de vida religiosa e 30 de sacerdócio são tempos longos desta vivência, feita de muitas alegrias e também dalguns sofrimentos. Com a força de Deus e dos irmãos (comunidade e outros próximos) bem presentes na minha vida”, conta-nos na primeira pessoa.
Considera que a experiência no estrangeiro o ajudou a crescer a todos os níveis e que a experiência militar de dois anos, foi também “recompensadora pelo conhecimento de um mundo nem sempre muito conhecido e pelo desafio do muito que se pode fazer na promoção dos valores humanos e cristãos.”
“Como Superior Provincial, aprendi a humildade de acolher os irmãos como são, atitude nem sempre fácil, procurando as melhores soluções e decisões para as variadas situações pessoais e de comunidade. Coube-me, há 10 anos, juntamente com os Provinciais de Itália e Moçambique, liderar o início da Missão Dehoniana em Angola que acompanhei de perto ao longo de vários anos”, partilha connosco.
Apesar de não ser “de escrever livros”, vai “rabiscando textos breves aqui e ali”. Dirige a revista “Lumen” e a revista “Vida Consagrada”, ambas da CIRP, tendo sempre a preocupação de apesentar “documentação, informação e formação para os diversos públicos a que se dirigem”.
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