No próximo domingo, dia 27, a Igreja vai celebrar a canonização de João Paulo II e João XXIII. Para a Fundação AIS, esta é uma data carregada de simbolismo. Há precisamente 12 anos, o Padre Werenfried e Karol Wojtyla abraçaram-se pela última vez. Agora estão juntos no Céu.

Falta apenas uma semana. No primeiro domingo após a Páscoa, a Igreja vai celebrar a canonização de João Paulo II e João XXIII. Para a Fundação AIS, trata-se de um momento muito especial. Tanto Karol Wojtyla como Angelo Giuseppe Roncalli foram impulsionadores da obra fundada pelo Padre Werenfried van Straaten e ambos, por mais de uma vez, lançaram desafios concretos para a Fundação AIS.
O Santo Padre João XXIII pediu ao Padre Werenfried, em 1963, para que a Ajuda à Igreja que Sofre olhasse de perto para os problemas concretos da multidão de pobres na América Latina. Foi o início, de certa forma, da globalização do trabalho iniciado em 1947 junto dos refugiados da Alemanha, após uma II Guerra Mundial que deixara a Europa em escombros.

Apoiar os cristãos perseguidos

Como sempre disse o Padre Werenfried, um simples desejo de um Papa é uma ordem. E assim aconteceu. Anos mais tarde, o Santo Padre João Paulo II, amigo pessoal do Padre Werenfried, compreendeu que era necessário também apoiar os cristãos perseguidos pela intolerância comunista, condenados aos ‘gulags’ soviéticos, e que era preciso abraçar a Igreja Ortodoxa na Rússia.

Um desejo, uma ordem

Hoje, infelizmente, o trabalho desenvolvido pela Fundação AIS é mais necessário do que nunca.
A Igreja é perseguida com uma violência de que não há memória e, em demasiados lugares no mundo, tem uma carência quase absoluta de meios para desenvolver a sua missão.

Hoje, a Ajuda à Igreja que Sofre é uma Fundação de Direito Pontifício cuja missão é precisamente ajudar a igreja necessitada, a igreja que chora, que é perseguida, que é extremamente pobre.

Recordar o último abraço

Domingo é também um dia particularmente feliz para a Fundação AIS. Há 12 anos, precisamente no dia 27 de Abril, Werenfried van Straaten e Karol Wojtyla estiveram juntos pela última vez. Ambos sabiam que se estavam a despedir um do outro. Praticamente não trocaram palavras. Abraçaram-se, olharam-se demoradamente e choraram. Quem os viu disse que estavam profundamente comovidos. Ambos partilharam o mesmo amor por Jesus, a mesma ternura pela Virgem de Fátima e ambos compreenderam, com absoluta nitidez, a importância profética das palavras de Nossa Senhora aos três Pastorinhos.

E ambos, com uma temeridade absoluta, nunca duvidaram de que a Divina Providência haveria de os ajudar nas suas missões mais ousadas em prol da igreja necessitada, em favor dos mais débeis, dos mais pobres, dos que são perseguidos apenas por serem cristãos.

Hoje, quando milhares de cristãos continuam a ser perseguidos em tantos países do mundo, é bom saber que no Céu haverá sempre a intercessão de dois novos santos.

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