Missão |
Joana e Paulo
“A Missão ainda agora começou...”
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Joana e Paulo são dois jovens que se encontram neste momento em missão em Cabo-Verde e que aceitaram partilhar connosco os seus sonhos e motivações, aquilo que os levou além-fronteiras.

 

Crescer na fé

Joana tem agora 22 anos e sempre viveu em Peniche. Paulo, de 23 anos, nasceu em Aveiro mas quando tinha 12 anos mudou-se com a família para Óbidos. Podemos dizer que ambos fizeram um “normal” percurso cristão: para além da educação e dos valores cristãos recebidos no seio familiar, ambos fizeram o percurso de catequese previsto. Joana é acólita há 13 anos, foi escuteira durante 5, fez parte de um grupo de teatro da paróquia e participava ativamente na disciplina de EMRC no ensino secundário. Paulo é escuteiro há 13 anos e sempre participou de forma muito ativa em todas as atividades da paróquia, vigararia e diocese. Cruzaram-se pela primeira vez nas atividades escutistas e depois da Jornada Mundial da Juventude 2011, em Madrid, começaram a namorar.

 

“E agora?”

Quando ambos estavam a iniciar o último ano da universidade, colocaram a questão: “O que vamos fazer depois?”. Hoje partilham connosco que “olhar para o futuro incerto fez ver nele uma oportunidade!” Por que não aceitar um desafio diferente? Por que não fazer as malas e partir? “E se fôssemos para além do que nos rodeia? E se arriscássemos fazer algo diferente nas nossas vidas?” E no meio de um turbilhão de perguntas, “a resposta surgiu dentro de nós: fazer uma pausa e sair do conforto de Portugal, levando Cristo aos outros. No fundo, era algo que os dois queríamos há muito, mesmo antes de nos conhecermos. Então porque não agora, e juntos?”.

 

O desânimo e a confiança

Quando estas questões surgiram, Joana e Paulo sabiam que não ia ser fácil concretizar este projeto porque na altura não tinham disponibilidade para integrar um plano de formação de uma ONG para poderem partir. Começaram então a contactar várias pessoas para tentarem conseguir contactos noutros países. No entanto, o tempo foi passando e começaram a ficar sem hipóteses. Foram 4 longos meses em que o desânimo acabou por surgir e que os fizeram duvidar daquilo que os motivava: “Deus estará a dormir? Foi até um conflito com o Senhor!”. Mas no meio da dúvida, manteve-se a certeza da fé e “foi precisamente quando pusemos os planos nas mãos de Deus que tudo começou a correr bem! De um sacerdote scalabriniano nosso amigo, até ao Bispo da Diocese de Mindelo foi a distância de um e-mail. E quinze dias depois de recebermos o ‘sim’ estávamos a aterrar em Cabo Verde!”

 

A Missão em Cabo-Verde

Joana e Paulo estão em Cabo-Verde desde o dia 22 de Janeiro de 2014. As incertezas iniciais eram muitas. Não tinham um plano de trabalho, nem sequer sabiam onde iam ficar. Apenas levavam consigo a certeza de quem quer estar inteiramente disponível para o Senhor e como eles próprios dizem “é preciso algo mais?”

Nestes últimos três meses têm estado nas ilhas de São Vicente e Santo Antão: “Temos feito um pouco de tudo, mas temos trabalhado principalmente com crianças e jovens. Com as crianças temos feito catequeses sobre a vida de Cristo e com os jovens temos partilhado a alegria de sermos cristãos.”

 

Dar sem medida

“Têm sido vivências muito intensas, nunca pensámos que pudéssemos crescer tanto em tão pouco tempo. A forma como este povo vive, não se queixam com o pouco que têm, não se lamentam com as adversidades e têm uma enorme força interior.” No dia-a-dia, Joana e Paulo têm crescido como pessoas e como cristãos e, mesmo longe, são sinal de um mundo novo e de estímulo para as suas comunidades de origem, que os têm apoiado com a sua oração e com o envio de material escolar, roupa e brinquedos que depois Joana e Paulo se encarregam de entregar às comunidades onde estão. Cada dia encontram uma oportunidade de viver de forma muito simples e concreta o Evangelho. “Aqui não nos preocupamos com o que vestir nem com o que comer, Deus basta. Esta é a grande Quaresma que temos vivido, e todos os dias damos graças a Deus por nos ter colocado neste caminho: ‘maravilhas fez em mim (…) porque em minha pequenez se detiveram Seus olhos’. O que acontecerá quando regressarmos a Portugal ainda não sabemos, sabemos sim que somos já pessoas diferentes, e que a Missão ainda agora começou…”

texto por Emanuel Oliveira Soeiro, FEC – Fundação Fé e Cooperação
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