“A educação é a cultura, não uma cultura qualquer à medida da consideração de cada interveniente, mas a cultura de um povo, a compreensão da pessoa, da vida e da história, caldeada ao longo do tempo”. As palavras de D. José Policarpo, Patriarca Emérito de Lisboa, marcaram o início dos trabalhos no Fórum EMRC 2014, em Fátima.
Ao longo de dois dias, 25 e 26 de janeiro, mais de 300 professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) refletiram sobre as novas Metas Curriculares para a disciplina num contexto de mutação “cultural e social”. No início da sua intervenção (disponível na íntegra em www.alturl.com/e4ny7), o Cardeal Policarpo lembrou a importância da escola não ser “território neutro” porquanto tem o dever de “transmitir a cultura de uma civilização”. Ao não fazer esta transmissão cultural a escola “afasta-se da matriz cultural e deixa de promover e enquadrar o autêntico progresso da pessoa e da sociedade humanas”.
No decorrer da sua conferência, o Patriarca Emérito de Lisboa lembrou que só “da harmonia da cultura brota a sabedoria. Esta é uma compreensão profunda da existência humana, donde brota a dimensão ética, e da história”. Para D. José Policarpo, “a sabedoria tem a sua fonte na memória de uma comunidade e exprime-se no presente, inspirando a liberdade e abre-se à esperança, rasgando caminhos de futuro”.
Na parte final da sua reflexão, o Cardeal Policarpo abordou as “novas linguagens digitais”, não com “preocupação mas como um desafio que se levanta à gerações pré digitais” de modo a entrar “em contacto com o novo mundo que vai alterar a própria memória”.
Igreja como lugar de surpresa
O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã da Doutrina da Fé, D. António Francisco dos Santos, lembrou a importância de “refletir sobre os desafios que se colocam hoje ao ensino da EMRC", de modo a redobrar "a alegria da missão e o sentido de responsabilidade que a Igreja assumiu e que ao serviço do nosso país realizamos". Na celebração da Eucaristia, na Basílica da Santíssima Trindade, em Fátima, o prelado, que é também Bispo de Aveiro, considerou fundamental que os professores de EMRC sigam "o exemplo de Jesus Cristo que vai ao encontro de todos os povos". "É neste exemplo de testemunho que se inicia a vocação e missão de todos os professores", salientou, recordando palavras do Papa Francisco: "Somos chamados a anunciar o Evangelho, construído um mundo novo, um mundo de esperança. A Igreja tem que ser mais lugar de surpresa do que hábitos".
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