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Bispo iraquiano denuncia perseguição aos Cristãos
“Ajudem-nos, por favor!”
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No Iraque há cada vez menos cristãos. A violência, o medo, a falta de trabalho e de segurança, empurram-nos para fora do país, para longe das suas casas, das suas famílias. D. Shlemon Warduni esteve esta semana em Portugal e contou-nos, de viva voz, uma tragédia que parece não ter fim.

 

“O futuro dos Cristãos no Iraque e, direi mesmo, em todo o Médio Oriente, é muito obscuro e pode dizer-se mesmo que existe um plano para o esvaziar de cristãos.”
D. Shlemon Warduni, 70 anos, Bispo auxiliar de Bagdade, do Patriarcado Caldeu da Babilónia, definiu assim, num parágrafo, a situação terrível em que se encontram os Cristãos no seu país e em toda a região.
De visita a Portugal, a convite da Fundação AIS, D. Warduni recordou, numa conferência na Igreja do Sacramento, em Lisboa, todo um historial de violência e intolerância que se tem vindo a exercer sobre as comunidades cristãs no Iraque durante os últimos anos.
As histórias que contou têm um traço comum: a tragédia que se abateu sobre a comunidade Cristã: “Deveis ter ouvido falar sobre os ataques contra os Cristãos em Bagdade, Mosul e outros lugares do Iraque. Queriam, à força, que os Cristãos deixassem as suas casas, ameaçaram-nos de morte para que se tornassem muçulmanos ou entregassem as suas filhas aos líderes religiosos. Depois ocorreu uma outra tragédia para os nossos Cristãos de Mosul, onde foram assassinados alguns, e muitas famílias foram obrigadas a fugir da cidade com muito medo… Então, como podem viver os Cristãos nesta situação trágica?”

Como viver assim?

A pergunta do Bispo contém a resposta que permite explicar o êxodo tremendo dos Cristãos do Iraque, reduzidos, hoje, a não mais de 400 ou 500 mil em todo o país.

Defendendo um caminho de paz, alicerçado na oração, o Bispo iraquiano afirmou que “é preciso condenar todas as guerras, todas as formas de terrorismo e, com amor, construir uma cultura onde o homem pode ser salvo e viver com dignidade”.
Agradecendo a oportunidade oferecida pela Fundação AIS para explicar, de viva voz, a opressão que tem vindo a ser exercida sobre os Cristãos no seu país, o Bispo auxiliar de Bagdade terminou a conferência, em Lisboa, lançando um apelo às dezenas de pessoas presentes na Igreja do Sacramento: “Ajudem-nos, por favor, com as vossas orações, e que Nossa Senhora nos proteja!”

 

www.fundacao-ais.pt | 217 544 000

texto por Paulo Aido, Fundação Ajuda à Igreja que Sofre
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