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A uma janela de Roma
Papa convida “a rezar e a unir forças” para ajudar as Filipinas”
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O Papa Francisco mostrou-se solidário com as populações das Filipinas. Na semana em que falou do batismo, o Papa lembrou os judeus e falou aos deficientes. As relíquias de São Pedro vão ser expostas ao público.

 

1. O Papa recordou, esta quarta-feira, a situação dramática que se vive nas Filipinas. Na audiência-geral, Francisco deixou uma palavra às centenas de milhares de pessoas atingidas pelo tufão Haiyan. “Nestes dias, estamos a rezar e a unir forças para ajudar os nossos irmãos e irmãs das Filipinas. Estas são as verdadeiras batalhas a travar. Pela vida, nunca pela morte!”. Para além dos milhares de mortos causados pelo tufão, um número ainda maior ficou sem posses nem alimentos.

Já no Angelus do passado Domingo, dia 10 de novembro, o Papa tinha recordado a população das Filipinas. “Quero assegurar à população das Filipinas, e das regiões que foram atingidas pelo tremendo tufão, a minha proximidade. Infelizmente as vítimas são muitas e os danos são enormes. Rezemos por estes nossos irmãos e irmãs, e tentemos fazer-lhes chegar também ajuda material”, disse Francisco, que decidiu enviar 150 mil dólares para ajudar a população das Filipinas, vítima do tufão Haiyan. Trata-se de um primeiro contributo que será entregue pelo Conselho Pontifício Cor Unum à Igreja local, para que a ajuda chegue às regiões mais afetadas pela calamidade. Um comunicado do Vaticano refere que esta primeira verba reflete a expressão imediata e paternal do Papa que assim manifesta a sua proximidade espiritual e concreta, encorajando as pessoas a enfrentarem esta situação tão devastadora.

 

2. Ainda na audiência-geral de quarta-feira, o Papa lembrou os jovens estudantes mortos em Damasco, quando o seu transporte escolar foi atingido por um morteiro. Pelo menos quatro crianças morreram e seis ficaram feridas. “Tomei conhecimento, com grande dor, que há dois dias, em Damasco, tiros de morteiro atingiram crianças que regressavam da escola, bem como o condutor do autocarro. Várias crianças ficaram feridas. Por favor, que estas tragédias não voltem a acontecer nunca. Rezemos com força”, pediu, na Praça de São Pedro.

Durante a habitual audiência-geral das quartas-feiras, Francisco lembrou que o batismo é a porta da fé. “No Credo, através do qual em cada Domingo fazemos a nossa profissão de fé, nós afirmamos: ‘Professo um só batismo para o perdão dos pecados’. Trata-se da única referência explícita a um Sacramento no interior do Credo. Efetivamente, o Batismo é a porta da fé e da vida cristã. Neste sentido, o dia do nosso Batismo é o ponto de partida de um caminho de conversão que dura toda a vida e que é continuamente sustentado pelo Sacramento da Penitência”.

 

3. O Papa pediu aos deficientes mentais e físicos que não tenham vergonha de ser “um tesouro precioso da Igreja”. Num discurso aos membros da UNITALSI, uma associação italiana que se dedica ao cuidado espiritual de pessoas com deficiência, Francisco insistiu que estas têm o seu lugar na vida da Igreja e um papel a desempenhar, e criticou novamente a “cultura do descartável”. “O contexto cultural e social de hoje é bastante inclinado a esconder a fragilidade física, a encará-la unicamente com um problema, que exige renúncia e pietismo ou às vezes descarta pessoas”, referiu. No auditório Paulo VI repleto de pessoas com deficiência e seus familiares, o Papa dirigiu-se sobretudo aos deficientes, pedindo que não se considerem apenas “objetos de solidariedade e de caridade, mas sintam-se inseridos na vida e na missão da Igreja”. “Vocês têm o vosso posto, um papel específico na paróquia e no âmbito eclesial. A vossa presença, silenciosa mas mais eloquente que tantas palavras, a vossa oração, a oferta quotidiana do vosso sofrimento em união ao de Jesus crucificado para a salvação do mundo, a aceitação paciente e até alegre da vossa condição, são um recurso espiritual, um património para toda a comunidade cristã”, garantiu o Papa.

 

4. O Papa Francisco assinalou, no Domingo, os 75 anos da ‘Noite de Cristal’, na Alemanha, durante a qual centenas de judeus foram mortos e presos e viram as suas propriedades destruídas, numa antevisão do que seria o holocausto. “A violência dessa noite de 9 a 10 de novembro de 1938 contra os judeus, as sinagogas, as casas e negócios representaram um triste passo em direção à tragédia da Shoah”, disse o Papa, utilizando o termo preferido pelos judeus para o holocausto. “Renovemos a nossa proximidade e solidariedade para com o povo judeu, os nossos irmãos mais velhos, e rezemos a Deus para que a memória do passado nos ajude a estar sempre vigilantes contra todas as formas de ódio e intolerância”, apelou.

 

5. As relíquias de São Pedro vão ser expostas ao público pela primeira vez, anunciou o presidente do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, arcebispo Rino Fisichella. A iniciativa decorre no âmbito do encerramento das celebrações do Ano da Fé, a 24 de novembro, com a presença do Papa Francisco. Segundo o arcebispo italiano, em declarações ao jornal do Vaticano, L'Osservatore Romano, este é um último gesto para coroar o Ano da Fé, “expondo pela primeira vez as relíquias que a tradição reconhece como as do apóstolo que deu aqui a sua vida pelo Senhor”. Os restos mortais de São Pedro, refira-se, estão nas grutas localizadas sob a Basílica de São Pedro, no Vaticano.

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