O Patriarca de Lisboa garantiu que os cristãos estão sempre acompanhados. Durante a Festa da Nossa Senhora da Boa Viagem, na Ericeira, D. Manuel Clemente assegurou a presença de Cristo e de Maria junto de cada pessoa.

 

Foi no final da procissão pelas ruas da Ericeira, durante a Festa da Nossa Senhora da Boa Viagem, no passado dia 18 de agosto, que o novo Patriarca convidou a multidão a recordar o significado do que acabava de acontecer. “Reparemos, um pouco mais, naquilo que aconteceu. Como acontece todos os anos, podemos correr o risco de não reparar no que está a acontecer. Fomos centenas de pessoas, de cristãos, que percorremos as ruas desta linda terra da Ericeira, mas este não foi um desfile qualquer. Levávamos andores e entre esses andores um destaque muito especial para o de Nossa Senhora da Boa Viagem. Uma pequenina grande imagem de Maria, Mãe de Jesus, com o seu Filho ao colo, também com uma embarcação, porque esta é uma terra de pescadores que precisam muito da proteção de Maria. Não é um cortejo qualquer…”, começou por observar, prosseguindo: “Isto, repito, tem muito significado. Porque se nós fazemos cortejos assim, se esta procissão aconteceu hoje como todos os anos acontece na Ericeira, é porque o povo cristão desta terra, e de muitas outras terras que se associam neste momento, sabe que nós não estamos sozinhos neste mundo! Sabe que no meio das vicissitudes da vida, de coisas que correm bem, das coisas difíceis que aparecem, quer na terra, quer no mar, nós não estamos sozinhos neste mundo! Sabemos que, há dois mil anos, Alguém apareceu e nunca mais deixou de estar connosco: chamava-se Jesus de Nazaré! Jesus é uma companhia de todos os momentos”.

 

Presença de Maria traz esperança

A devoção a Nossa Senhora da Boa Viagem é muito característica de populações ligadas ao mar. D. Manuel Clemente sublinhou, por isso, a importância de Maria na história. “Com Jesus está também Aquela que O pôs no mundo: a sua Mãe, Nossa Senhora, a Nossa Senhora da Boa Viagem, da viagem da nossa vida e de todas as vidas, de todas as gerações, dos que sabem e dos que não sabem. Vivemos uma vida que começou a ser vivida neste mundo há dois mil anos, precisamente com Jesus de Nazaré, e que nunca mais acaba. Porque Ele garantiu: ‘Eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo’. Isso dá-nos sempre esperança, dá-nos sempre coragem para continuar”, frisou D. Manuel Clemente.