|Sacrosanctum Concilium, nº 47|
“O nosso Salvador, na Última Ceia, na noite em que foi entregue, instituiu o Sacrifício Eucarístico do Seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar o Sacrifício da Cruz pelos séculos além, até Ele voltar, e para confiar assim à Igreja, sua amada Esposa, o memorial da sua Morte e Ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal «no qual se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da futura glória»”.
|Sacrosanctum Concilium, nº 48|
“É por isso que a Igreja procura vivamente que os fiéis não assistam a este mistério de fé como estranhos e mudos espectadores, mas que, compreendendo-o bem através dos ritos e orações, participem na acção sagrada consciente, piedosa e animadamente, sejam instruídos na palavra de Deus, se alimentem à mesa do Corpo do Senhor, dêem graças a Deus; ao oferecerem a hóstia imaculada, não só pelas mãos do sacerdote mas juntamente com ele, aprendam a oferecer-se a si mesmos e, dia após dia, por Cristo Mediador, aperfeiçoem-se na unidade com Deus e entre si, para que finalmente Deus seja tudo em todos”.
|Comentário de D. Nuno Brás|
Estes dois excertos da Constituição conciliar sobre a Sagrada Liturgia (nn. 47 e 48) chamam-nos a atenção para o modo como devemos participar na celebração dos diversos sacramentos e, em particular, da Eucaristia.
Jesus, na Última Ceia, instituiu a Eucaristia. Com este sacramento, o Senhor permanece connosco, ultrapassando as limitações que a nós, seres humanos, nos são impostas pelo espaço e pelo tempo. Mas a própria Eucaristia é uma antecipação dos acontecimentos da morte e da ressurreição do Senhor. O Senhor que está presente na Eucaristia é o Jesus crucificado, morto e ressuscitado, de modo que cada cristão possa viver hoje esse momento único da história do mundo: a morte e a ressurreição de Jesus.
Trata-se, por isso, de algo que diz intimamente respeito à fé, e que não se compadece com um assistir que se assemelhe ao espectador que assiste a uma representação teatral ou mesmo, a alguém que assiste, indiferente, a uma sessão solene, tendo pelo meio alguns discursos mais ou menos enfadonhos.
Não: cada cristão participa, cada um a seu modo, da própria ação litúrgica, porque cada um é convidado pelo Senhor a sentar-se à mesa da Última Ceia e a participar nela; a viver, juntamente com a Virgem Maria e o Apóstolo João a Cruz de Jesus; a encontrá-lo no caminho de Emaús e a deixar que Ele próprio explique o sentido das Escrituras e reparta consigo o Pão da Vida.
Cada cristão é, pois, convidado a participar na Eucaristia não apenas com a sua presença corporal e com as atitudes e gestos exteriores, mas com a sinceridade do seu coração, piedosamente, ou seja, em atitude de fé, e animadamente, quer dizer, com toda a sua alma.
E, assim, a oferta que Jesus fez de si mesmo na Cruz pode incluir consigo a oferta de todos e de cada um dos cristãos presentes na celebração eucarística.
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