"Vamos agradecer a Deus por todos aqueles que durante mais de quatro séculos foram testemunhas de amor fraterno". Foi com estas palavras que D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa, deu início à Eucaristia integrada nas comemorações dos 450 anos da Santa Casa da Misericórdia de Alcobaça, no passado dia 13 de abril, na igreja do Mosteiro de Alcobaça.
A importância de os cristãos darem testemunho da sua fé foi, aliás, o tema central da homilia. "No Antigo Testamento, o testemunho era o grande critério da verdade”, explicou D. José Policarpo, sendo hoje “mais difícil perceber o que é a verdade”, neste “tempo de mediatização”, em que “muitas vozes” se fazem ouvir. Mas a Igreja estará sempre empenhada “em cumprir este mandato de Jesus: ‘Ide, sede minhas testemunhas’”. Assim, “o que se espera de todos é que aprofundemos a experiência” da fé porque “sem ela não podemos dar testemunho”, sublinhou.
Perante dezenas de fiéis, D. José Policarpo elogiou ainda a "característica muito bela" das misericórdias terem sido criadas por "cristão leigos que, no meio do mundo, sentiram que precisavam de se organizar para ajudar os seus irmãos". Até porque, “normalmente estas grandes organizações têm por trás o dedo clerical, mas com as misericórdias não foi assim”, o que faz da instituição “uma das coisas mais bonitas da nossa história”. Uma tendência que, em tempo de crise, “começa a acontecer outra vez”, frisou, dando exemplo do lar de antigos médicos e funcionários do Hospital de Santa Maria, cuja capela recentemente sagrou.
A Santa Casa da Misericórdia de Alcobaça está a comemorar, este ano, os seus quatro séculos e meio de atividade. No sábado passado, foi ainda inaugurada a exposição ‘450 Anos da Santa Casa da Misericórdia de Alcobaça’, na Galeria de Exposições Temporárias da Ala Sul do Mosteiro de Alcobaça, patente até 26 de maio. Na véspera, dia 25, a Academia de Música de Alcobaça encerrará as comemorações da instituição com um concerto de música barroca no Mosteiro de Alcobaça.
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