Jornal Voz da Verdade

24.02.2013

Especiais |

Na primeira audi�ncia-geral ap�s a informa��o da ren�ncia

Alunos de Col�gio Marista estiveram com Bento XVI

Sessenta alunos do 10� e 11� ano do Col�gio Marista de Carcavelos estiveram na fila da frente da Aula Paulo VI, durante a audi�ncia-geral com o Papa, na quarta-feira seguinte ao an�ncio da ren�ncia de Bento XVI ao seu Pontificado.

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“Foi uma experi�ncia dif�cil de descrever”, testemunhou ao Jornal VOZ DA VERDADE o vice-diretor do Col�gio Marista de Carcavelos, Rog�rio Gomes. A presen�a nesta audi�ncia, "que j� estava prevista desde Setembro de 2012", o momento em que come�ou a ser preparada a visita cultural dos alunos daquele col�gio a Roma, foi "uma feliz coincid�ncia", destacou o professor do Col�gio Marista. "O facto de podermos testemunhar este momento que � hist�rico e de podermos estar na �ltima audi�ncia formal do Papa foi algo que nos marcou e nos vai deixar esta marca para o resto das nossas vidas", observou o vice-diretor, que tamb�m esteve presente em Roma.

"Antes da audi�ncia-geral come�ar criou-se um ambiente muito engra�ado, porque v�rios grupos cantavam e tocavam", conta Rog�rio Gomes, salientando que o grupo de Lisboa decidiu tamb�m entrar na festa: “A dado momento, tamb�m n�s resolvemos animar um pouco a sala, com os c�nticos que est�vamos a preparar para a Eucaristia da noite. Foi um momento muito agrad�vel", observa.��

Rog�rio Gomes faz quest�o de destacar, tamb�m desta audi�ncia, "a mensagem que o Papa deixou", o que, refere, "proporcionou um momento que todos n�s dificilmente iremos esquecer".

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Visita ao t�mulo do fundador dos irm�os Maristas

Este momento, vivido pelos sessenta alunos e seis professores que acompanharam o grupo foi, assim, "imprevisto", e tornou-se o "ponto alto" da visita do Col�gio Marista de Carcavelos a Roma, que contou tamb�m com uma visita ao t�mulo do fundador dos irm�os Maristas, Marcellin Joseph Beno�t Champagnat, canonizado pelo Papa Jo�o Paulo II em 1999. Segundo este professor, tentou-se que esta visita "fosse significativa" para os alunos, e por isso celebraram, tamb�m, Eucaristia na Igreja de Santo Ant�nio dos Portugueses e estiveram com o superior geral da Congrega��o dos Irm�os Maristas. "Foi um conjunto de acontecimentos que estavam previstos e que de alguma forma tornaram estes cinco dias como que �nicos e irrepet�veis”, garante.

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Cardeal-Patriarca em entrevista � RTP:�"Bento XVI � um homem de um sil�ncio interior"

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A pouco mais de uma semana do dia (28 de fevereiro) em que Bento XVI renuncia ao Pontificado, o Cardeal-Patriarca de Lisboa concedeu uma entrevista � RTP1, onde deixou expresso o car�cter m�stico de Bento XVI.

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Nesta entrevista�� televis�o p�blica,�D. Jos� Policarpo sublinha a falta de for�as de Bento XVI para enfrentar os problemas que se colocam ao Pontificado como a "causa oficial" para a ren�ncia papal, salientando que o Papa "n�o disse quais os problemas". Para o Cardeal-Patriarca de Lisboa, o Pontificado de Bento XVI foi "de continuidade, com o seu feitio e a sua vis�o da realidade e da Igreja".

"Bento XVI � um homem de um sil�ncio interior", caracterizou D. Jos� Policarpo, observando que o Papa "guardou sempre o sil�ncio de um grande intelectual, de um m�stico e de um artista". S�o tr�s caracter�sticas que marcam a sua maneira de ser, comentou o Cardeal-Patriarca de Lisboa, que vai estar presente no pr�ximo Conclave para eleger o futuro Papa.

Lembrando que Bento XVI � das "intelig�ncias mais brilhantes do nosso s�culo", D. Jos� Policarpo confessou publicamente que o Papa nunca se esqueceu do seu nome. "Ainda hoje me trata pelo meu nome", referiu, revelando que � tratado pelo Papa como 'Policarpo'. Nesta entrevista, o Patriarca de Lisboa reconheceu que Joseph Ratzinger foi para si "o modelo de te�logo comunicador", no entanto considera que “o Papa guarda no seu Pontificado uma timidez”.

Apontando Bento XVI como "um homem com uma profundidade de f�", D. Jos� Policarpo caracteriza o Papa “como um m�stico, que viveu a identidade crist� com uma radicalidade crist�, tanto quanto � poss�vel neste mundo”. Segundo referiu, “esta trilogia de m�stico, artista e intelectual exprime-se em tudo aquilo que faz. No seu magist�rio e na sua maneira de estar".

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Futuro da Igreja

Sobre o futuro da Igreja, o Patriarca de Lisboa apontou nesta entrevista � RTP a estrutura da C�ria Romana como sendo “muito pesada”, lembrando que esta “� um servi�o do Papa”. Por isso, salienta que a reforma da C�ria � “um desafio” e esta “tem de ser um testemunho da verdade”.

D. Jos� Policarpo vai entrar em Conclave em data que, � hora de fecho deste jornal, ainda n�o era conhecida, no entanto considera que o Conclave “� uma surpresa”, e que o poder “s� se define pelo servi�o”. “O servi�o que tem por detr�s a caridade”, frisa.

Como desafios para a Igreja, o Cardeal-Patriarca de Lisboa aponta ainda a “convers�o” da Igreja. “As pessoas t�m de caminhar para a santidade”, apela D. Jos� Policarpo.

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Bispos de Portugal agradecem testemunho de Bento XVI

A Confer�ncia Episcopal Portuguesa (CEP) destaca a “f� forte e constante”, o “zelo apost�lico de quem se fez tudo para todos”, “o estilo pessoal de grande simplicidade”, e a “coragem heroica com que o Papa Bento XVI afrontou os problemas que surgiram”, durante o seu Pontificado. Num comunicado divulgado no in�cio desta semana pelo Conselho Permanente da CEP, os bispos portugueses manifestam o seu agradecimento pelo “precioso dom do Pontificado de Bento XVI”, come�ando por salientar que foi “com surpresa” que receberam a not�cia da decis�o do Papa em renunciar “ao minist�rio que recebeu”.

Sublinhando a “corajosa lucidez” no reconhecer “as limita��es de sa�de e for�as para exercer adequadamente o minist�rio ao servi�o da Igreja”, os bispos de Portugal exprimem o “profundo afeto e gratid�o” a Bento XVI, garantindo que “ o seu exemplo de orante” � um “incentivo a considerar a ora��o como parte integrante da miss�o da Igreja”.

Em nota final, o Conselho Permanente da CEP pede “a ora��o dos cat�licos e de todos os crentes para que os Cardeais saibam discernir e escolher o candidato mais apto para assumir a miss�o de sucessor do ap�stolo Pedro”.�

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‘Obrigado Bento XVI’, na janela de sua casa

Numa a��o de um grupo de leigos da Diocese de Lisboa, est�o a ser distribu�dos gratuitamente dois cartazes com a imagem de Bento XVI, com o objetivo de “realizar um gesto de unidade e reconhecimento pelo Santo Padre”, refere um texto enviado aos p�rocos do Patriarcado. Para estes cartazes foram escolhidos o sorriso de Bento XVI e o momento de oferta da Rosa de Ouro em F�tima, aquando a visita do Papa a Portugal, em Maio de 2010. A proposta � de que este cartaz seja colocado na janela de casa, com vista para a rua, “dando assim este sinal p�blico de homenagem”, explica a respetiva carta.

Os 400 mil cartazes est�o a ser distribu�dos, gratuitamente, atrav�s das par�quias da Diocese de Lisboa, tendo como centros de distribui��o a instala��es do Patriarcado de Lisboa e as par�quias de Caldas da Rainha, Nossa Senhora do Amparo de Benfica e S�o Jo�o de Deus, em Lisboa, e Oeiras.

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Jovens de Lisboa, de novo, com Bento XVI

Os jovens do movimento ‘Eu Acredito’ v�o encontrar-se no dia 28 de fevereiro para rezar pelo Papa Bento XVI, no �ltimo dia do seu Pontificado. “Queremos viver este momento especial da Igreja em conjunto, com muita alegria e confian�a”, refere um comunicado enviado ao Jornal VOZ DA VERDADE. O programa deste encontro prev� a concentra��o dos jovens no Largo de S�o Domingos, Rossio, em Lisboa, pelas 19 horas, Eucaristia �s 19h30 e tempo de ora��o, �s 20h30.

O ‘Eu Acredito’ surgiu em 2010, por ocasi�o da visita de Bento XVI a Portugal e da Missa a que presidiu no Terreiro do Pa�o, e re�ne jovens de diversos movimentos juvenis presentes no Patriarcado de Lisboa. Segundo este movimento, esta ser� “uma oportunidade �nica da Igreja jovem voltar a mostrar a sua for�a, e de agradecer o Pontificado do Papa Bento XVI”.

“Voltaremos a usar as t-shirts azuis do ‘Eu Acredito’, como forma de recordar a Missa no Terreiro do Pa�o, e os dias que o Papa passou em Portugal”, sublinha o comunicado.

texto por Nuno Ros�rio Fernandes