Nesta edição da Voz da Verdade, procuramos conhecer melhor a vida de Joana Figueiredo, uma jovem paroquiana do Parque das Nações, marcada pelo ritmo da missão. Com 25 anos de idade, Joana tem já uma longa história para contar, pautada por muitos momentos de verdadeira missão, dentro e fora das fronteiras nacionais.
Ao encontro das pessoas
Desde cedo que a Joana teve que se adaptar rapidamente a novos contextos, conhecer pessoas novas, estar aberta à novidade. Foram várias as vezes que mudou de escola pelas mais variadas razões, mas isso fê-la estar sempre disponível para ir ao encontro de novas realidades. Na verdade, esta abertura ao contacto com pessoas novas esteve também na origem do seu percurso académico e profissional. Durante o seu tempo no ensino secundário, descobriu e ficou entusiasmada com a disciplina de Sociologia, sobretudo por fazê-la “olhar para o comportamento em sociedade, tentando compreendê-lo e explicá-lo”. Por este motivo, acabou por entrar para o curso de Sociologia no ISCTE, onde seguiu o seu percurso académico.
Ser instrumento de Deus
Poderíamos dizer que o percurso cristão de Joana Figueiredo é semelhante ao de tantas outras pessoas. Foi baptizada ainda em criança e frequentou a catequese até ao 6º ano. Depois, esteve um pouco afastada da Igreja mas voltaria a aproximar-se quando a sua irmã fez o Crisma. Joana recorda que foi este testemunho tão próximo que a fez decidir a fazer também ela a caminhada para celebrar este sacramento da iniciação cristã. Estávamos em 2003, ano em que Joana e a sua família se mudaram para a Paróquia do Parque das Nações. E foi também aí que surgiu o primeiro grande desafio cristão. Nesta paróquia, recém-criada, faltavam catequistas para transmitir a fé aos mais novos. Joana recorda que não se “sentia nada preparada para estar à frente de um grupo de crianças, muito menos com a formação necessária para lhes ensinar alguma coisa…” No entanto, aceitou o desafio e agora olha para esse momento da sua vida à luz da fé e das palavras que um dia leu nas Memórias da Irmã Lúcia: “é que é costume de Deus escolher o que não serve para dele Se servir, e mostrar assim ao mundo que a obra é Sua e não do instrumento por Ele escolhido”. Assim, de forma muito prática, Joana colocou-se ao serviço de Deus e da evangelização. Ao mesmo tempo que dava catequese, Joana passou também a integrar um grupo de jovens desta comunidade, com os quais podia partilhar os seus valores, as suas dúvidas, os seus receios e dificuldades.
Apaixonada por Cristo
Em 2007, surgiu a oportunidade de ir completar o seu curso de Sociologia numa universidade em Roma. Joana recorda assim os seis meses vividos na capital italiana: “fiz grandes amizades, conheci pessoas excepcionais, mas faltava sempre qualquer coisa… Eu sentia um vazio tão grande nos meus dias que já nem as missas ao Domingo eram suficientes”. Nesta procura incessante de um sentido para a vida, de algo que preenchesse verdadeiramente o coração, Joana recorda a importância de uma confissão, durante o tempo de Advento: "aquela confissão levou-me ao encontro pessoal com Jesus Ressuscitado”. Foi de facto um momento de viragem na vida da Joana. Começou a ir diariamente à missa, a rezar o terço a caminho da faculdade e, ainda em Roma, integrou um grupo de jovens. Ainda hoje, Joana recorda esses momentos, como o tempo em que se “apaixonou por Cristo”.
A beleza de viver na simplicidade
Regressou de Roma com uma “vontade imensa de colocar tudo o que sou e sei ao Seu serviço”. Decidida a transformar em acções concretas esta mudança de vida, integrou a Equipa d’África, uma Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento. No Verão de 2009 foi enviada durante um mês e meio para Maúa, em Moçambique. Joana recorda-nos assim esta missão: “achava eu, ter sido enviada para dar testemunho de Deus a quem ainda não O conhece… A verdade é que Jesus me chamou a esta missão para aprender a beleza de viver na simplicidade, para perceber que quem O tem, tem tudo e não precisa de mais nada.”
De volta a Portugal, o Padre Paulo Franco, pároco do Parque das Nações, convidou a Joana e outros jovens da paróquia, a iniciarem o que é hoje o “Projecto Sabi” que promove a missão dentro e fora das fronteiras nacionais. Foi no seio deste grupo que Joana percebeu que a “missão não é uma simples experiência que fazemos, mas sim uma forma de estar na vida. Somos chamados, não a fazer grandes coisas, mas a deixar que Deus toque em cada um através das mais pequenas… Percebi que a relação com Jesus nos projecta para uma missão de 24 horas por dia, em casa, com os amigos, com os desconhecidos, no emprego”. Nasceu verdadeiramente uma “paixão pela missão” que fez Joana integrar, já em 2012, os Leigos para o Desenvolvimento com os quais tem crescido muito na fé.
Hoje, Joana é professora de Sociologia e Área de Integração, e vive esta profissão como uma verdadeira missão para o crescimento e formação das novas gerações: “sinto-me mesmo uma privilegiada por gostar tanto da minha profissão e por a poder viver à luz do caminho que vou fazendo com Jesus”.![]() |
Guilherme d'Oliveira Martins
A Santa Sé acaba de divulgar o tema da mensagem do Papa Leão XIV para o Dia Mundial da Paz de 2026....
ver [+]
|
![]() |
Tony Neves
Domingo é o Dia Mundial das Missões. Há 99 anos, decorria o ano 1926, o Papa Pio XI instituiu o Dia Mundial...
ver [+]
|
![]() |
Pedro Vaz Patto
No âmbito das celebrações do ano jubilar no Patriarcado de Lisboa, catorze organizações católicas (Ação...
ver [+]
|
![]() |
Tony Neves
Há notícias que nos entram pelo coração adentro deixando-nos um misto de sentimentos. A nomeação do P.
ver [+]
|