Daqui a dias, a 17 de Janeiro, assinala-se o centenário do nascimento do Padre Werenfried van Straaten. O fundador da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) demonstrou, com a sua vida de inteira entrega aos outros, que todos temos o dever de ajudar os mais necessitados, que todos somos chamados a participar nesse milagre de amor que é sermos obreiros da paz no mundo.

Não poderia haver melhor coincidência para se assinalar o centenário do nascimento do Padre Werenfried do que a Igreja em todo o mundo estar mobilizada para um Ano de Fé.”Trabalhar, rezar e partilhar” foi o lema da vida deste sacerdote que serviu com entusiasmo quatro papas, Pio XII, João XXIII, Paulo VI e João Paulo II. Todos eles o interpelaram para que a AIS, que nasceu nos escombros da II Guerra Mundial quando o mundo parecia querer ignorar o destino trágico de milhões de deslocados e refugiados alemães, fosse a obra de Deus junto dos mais necessitados. Assim foi junto das populações carenciadas da América Latina e da Índia, foi também a resposta aos apelos dos cristãos em dificuldades na Palestina, Líbano e Israel, aos que viviam o sufoco da repressão para lá da Cortina de Ferro, e assim continua a ser tantas vezes também a única mão amiga que se estende para a Igreja que sofre em África, na China, na Coreia do Norte, nos países onde agora o islamismo radical tem vindo a semear violência, terror e morte.

Uma missão de serviço

Bento XVI conheceu bem o Padre Werenfried van Straaten e foi ele, já como sucessor de Pedro, que, sublinhando a importância da Fundação AIS na vida actual da Igreja, a elevou à condição de fundação pontifícia. Mas hoje, como ontem, a missão é precisamente a mesma: ajudar os cristãos em dificuldade por terem imensas carências materiais, por necessitarem de ajuda na reconstrução de igrejas, capelas e seminários, na distribuição de literatura religiosa, no apoio imprescindível às comunidades cristãs vítimas de fanatismo e perseguição e na ajuda também na subsistência de inúmeras comunidades religiosas contemplativas. O Relatório da Liberdade Religiosa, que a Fundação AIS elabora de dois em dois anos, é um dos mais credíveis documentos que se produzem a nível mundial sobre este tema e ilustra bem a importância que a Fundação AIS adquiriu ao longo dos últimos anos.

O segredo do amor

Conhecido como Padre Toucinho (por, nesta primeira campanha a favor dos refugiados alemãs, ter recolhido generosas quantidades de carne de porco fumada – talvez a maior riqueza que existia nas cozinhas de então), Werenfried van Straaten foi um combatente pela paz, fazendo, aliás, jus ao seu nome. Durante a sua vida, nunca olhou para trás, nunca se preocupou em acautelar o futuro. Só tinha uma preocupação: ajudar. Uma vez recordou que tinha feito voto de pobreza. “O pouco que tinha dei-o aos pobres. Só fiquei com a minha voz. Não tenho outro capital senão os vossos bons corações”. Hoje é difícil imaginar como a Igreja poderia sobreviver em tantos lugares sem o apoio da Fundação AIS. Neste ano em que se comemora o centenário do nascimento do Padre Werenfried van Straaten, a Igreja é interpelada a continuar a obra deste gigante da caridade. São os benfeitores da Fundação AIS que podem fazer acontecer esse milagre todos os dias. É na sua caridade que está o segredo do amor.

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Celebração Eucarística dia 17

No próximo dia 17 de Janeiro, a Fundação AIS dará início à celebração do Centenário do Nascimento do P. Werenfried van Straaten. O ano de 2013 será de enorme alegria para todos nós e gostaríamos de contar com a sua participação. A primeira actividade será uma Celebração Eucarística para a qual a Fundação AIS tem a alegria de convidar todos os leitores do jornal Voz da Verdade. Será na Igreja de Santa Joana Princesa, (Rua Lagares El-Rei, junto à Avenida dos Estados Unidos da América, em Alvalade), no próximo dia 17 de Janeiro, às 18h30. A Eucaristia será presidida pelo Reverendo P. Jacinto Farias, Assistente Espiritual da Fundação AIS.

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