A crise em que vivemos mergulhados parece não ter fim. Já dura de há vários anos a esta parte, e em cada dia que passa dá-nos a sensação de se agravar cada vez mais. Por muito que nos esforcemos, parece que não existe luz ao fundo do túnel. A economia vai de mal a pior, o desemprego aumenta em cada estatística que é publicada. Não existem – parece – notícias animadoras.
E, no entanto, isso não é completamente verdade. Um pouco por todo o país, o Banco Alimentar recebeu provisões de alguns que, mesmo tendo pouco, não quiseram deixar de contribuir para que, em cada dia que passa, muitas famílias possam ter em sua casa alguma coisa que comer: a campanha do passado Domingo não ultrapassou, mas praticamente igualou a anterior. O que bateu recordes, isso sim, foi o número de voluntários que, durante o fim-de-semana, foram capazes de deixar o seu conforto e o seu lazer para ajudar. Foi o modo de muitos, adultos e jovens, mostrarem que não se conformam com a situação. Não fizeram greves, não maltrataram ninguém, não destruíram nada. Apenas ajudaram o próximo.
E, depois, também no passado Domingo, I do Advento, 8 jovens foram ordenados diáconos, no Mosteiro dos Jerónimos, consagrando toda a sua vida a Deus e ao serviço da Igreja. Fizeram-no porque foram capazes de responder a uma vocação. Aqui não foi questão de voluntariado (não foi, simplesmente, algo que partiu deles e da sua vontade de ajudar o próximo) mas de missão, de perceber que o Senhor Jesus precisa deles e os chamou, num convite irrecusável, a segui-l’O. E eles deixaram tudo, e seguiram-n’O.
A crise que vivemos não é apenas económica. Aliás, estou convencido que, se olharmos apenas para a economia, será difícil sair dela tão depressa. Mas o facto é que, no passado Domingo, muitos foram os sinais de esperança, vindos de nós e do próprio Deus.
E não se tratou de “sebastianismos”, ninguém ficou à espera de um qualquer homem providencial que surgisse numa manhã de nevoeiro. Não: tratou-se de ações e de pessoas bem concretas. Com gente assim, a esperança é possível. A crise tem, necessariamente, os dias contados. Mesmo que a economia ainda demore tempo a colocar-se em marcha.
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