“A Igreja assume a necessidade de encontrar sinais e iniciativas de esperança que se contraponham à crise, propondo uma mais eficiente partilha de recursos, uma justiça fiscal equitativa e uma avaliação rigorosa dos serviços públicos”. Esta é uma das conclusões da Semana Social do Porto 2012, que procedeu a uma reflexão sobre os desafios actuais ao Estado Social e à Sociedade Solidária.
Segundo o documento final do encontro, “o Estado Social deve ser discutido e pensado não por urgências financeiras, mas de modo a corresponder às exigências da coesão económica e social, da justiça e da dignidade humana”. Como lembrou o Bispo do Porto, D. Manuel Clemente: “Foram sociedades solidárias que se constituíram em Estados sociais. (...) Antes, logicamente antes, do Estado social está a sociedade solidária, que o precede, alimenta e extravasa”. Para os participantes da Semana Social, “o Estado Social tem de ser visto nas sociedades desenvolvidas contemporâneas sob a influência da questão demográfica, da quebra de taxas de natalidade e do envelhecimento da população”. Neste sentido, acrescentam as conclusões, “o Estado Social reporta-se à sociedade toda, uma vez que tem a ver com a criação e consolidação de condições de coesão e de confiança entre todos”. Doutrina Social da Igreja A Semana Social, que este ano decorreu na Diocese do Porto, sublinhou ainda que “a Doutrina Social da Igreja tem alertado para a necessidade de encontrar respostas que permitam uma articulação efectiva entre o Estado e as iniciativas solidárias”. E desafiou os cristãos. “Os cristãos são chamados a viver a caridade na verdade, o que reclama uma prática verdadeiramente humana, uma acção de proximidade e o compromisso com a justiça. Para tal, importa que os cristãos se interessem, estudem e aprofundem a Doutrina Social da Igreja, nas famílias e comunidades, para que possam fazer a leitura das realidades de cada momento à luz dessa doutrina, que tem o mérito de ser transversal e aplicável a todas as famílias políticas”. Neste Ano da Fé, “a Semana Social Porto 2012 afirma que há uma esperança cristã que tem de ser princípio e critério que, sobretudo em tempo de crise, cabe aos cristãos inscrever na organização social e na participação política”.![]() |
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