Esta semana, a Fundação AIS apresentou mais um Relatório sobre a Liberdade Religiosa no mundo. Uma vez mais, confirma-se a mais cruel das expectativas: os Cristãos são, entre todas as confissões religiosas, quem mais sofre discriminação e perseguição.
Vemos, ouvimos e lemos. Não podemos, mesmo, ignorar. O Relatório sobre a Liberdade Religiosa | 2012, apresentado esta semana, na livraria Férin, em Lisboa, pela Fundação AIS, não deixa margem para dúvidas: os Cristãos continuam a ser, entre todas as confissões religiosas no mundo, quem mais sofre violência, discriminação e perseguição. Este Relatório, um grande projecto de investigação a nível internacional, tem o objectivo de documentar a situação das minorias religiosas em 196 países. Crescente secularismo Numa avaliação geral, pode dizer-se que há, especialmente nos países Ocidentais, uma maior consciencialização desta questão, constatando-se o facto de em alguns países, como a Bélgica, Itália ou Alemanha, os respectivos parlamentos terem sentido necessidade de abordar a questão da liberdade religiosa. No entanto, o Relatório acentua também o facto de haver um laicismo cada vez mais acentuado em alguns países europeus, como é o caso de Espanha, Reino Unido ou Holanda, que apontam para uma tendência em que se excluem as práticas religiosas, ou a simples exibição de símbolos religiosos do espaço público. Religiões oficiais Globalmente, da avaliação feita pelos especialistas da Fundação AIS, pode constatar-se que, hoje em dia, a situação é altamente problemática, especialmente nos países onde a Constituição remete para a existência de uma religião oficial, o que não dá espaço às outras crenças, como é o caso da Arábia Saudita, ou em Estados em que é possível expulsar legalmente pessoas de diferentes credos, como acontece, por exemplo, no Tajiquistão. Sinais perturbadores Há ainda a destacar a enorme pressão que é exercida sobre os não-muçulmanos nos países onde existe a Lei da Blasfémia. Isto é particularmente visível no Paquistão, mas tem vindo a ganhar força em países onde há uma crescente violência por parte de extremistas islâmicos como no Quénia, Mali, Nigéria ou Chade. Na China, por sua vez, pode dizer-se que a situação se tem vindo a deteriorar. A Fundação AIS acentua ainda o facto de a chamada Primavera Árabe ter introduzido sinais perturbadores em países como a Tunísia, Líbia, Egipto ou Síria, onde reinava uma certa calma. Podemos ignorar? Agora que se iniciou o Ano da Fé, em que se aposta numa Nova Evangelização, é bom nunca esquecer que os Cristãos continuam a ser ameaçados e perseguidos. Que, em muitos países, são alvo de atentados terroristas, são impedidos de rezar em comunidade, vêm as suas igrejas ser destruídas à bomba, são alvejados, torturados presos e mortos. E que, aqui no Velho Continente, há cada vez mais quem pretenda silenciá-los. Vemos, ouvimos e lemos. Podemos ignorar?
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