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Venezuela vai hoje, dia 7, a votos
A Igreja numa encruzilhada
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Hoje, domingo, os Venezuelanos vão a votos. Hugo Chávez e Henrique Caprilles disputam a presidência do país. Os Cristãos estão muito atentos a este plebiscito. Até porque o Governo cortou todas as ajudas à Igreja...

 

Ou Hugo ou Henrique. Um deles vai ser hoje aclamado presidente da Venezuela. A Igreja, embora não se queira imiscuir nos assuntos do Estado, está muito atenta a este processo eleitoral. Ainda recentemente, o Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa Savino, publicou um comunicado que foi lido nas missas da semana passada, em que se  pediu à população para cumprir com o seu dever de cidadania, recordando que se trata de uma obrigação moral. Antevendo uma disputa eleitoral renhida, os bispos afirmam ainda que a violência é alheia à identidade do cristão. Por isso, deve ser descartada, independentemente do resultado eleitoral. A mensagem também convida à oração pela paz no país.

 

Governo eliminou ajuda à Igreja

A escolha dos eleitores entre Hugo Chávez e Henrique Capriles pode significar muito para o futuro do trabalho da Igreja no país. Se é um facto que Chávez procurou uma integração plena dos mais desfavorecidos na sociedade, a verdade é que o resultado dos seus governos lança muitas interrogações. D. Mariano Parra, Bispo de Guayana, afirma que “nos últimos anos cresceu muitíssimo a violência, sobretudo a violência juvenil, e também cresceu a corrupção e o desemprego”. O pior é que, a nível nacional, o Governo eliminou todo o tipo de ajuda económica à Igreja. O resultado desta decisão é dramático: a Igreja é muito pobre e está com muita dificuldade em prosseguir com o seu trabalho evangélico junto dos mais necessitados. No entanto, diz ainda o Bispo de Guayana, isto tem o seu lado positivo. “Agora, não dependemos senão de nós próprios. Os fiéis têm de tomar consciência de que têm de ser os católicos a sustentar a sua Igreja”.

 

Ajudar os seminaristas

Além da questão financeira, há outros pontos de clivagem entre a Igreja e o Governo venezuelano. As autoridades têm criado dificuldades na obtenção de vistos para a entrada no país de religiosos, assim como tem havido algumas tentativas de criação de clivagem entre os sacerdotes e os bispos. Independentemente do resultado destas eleições, a Igreja da Venezuela enfrenta sérias dificuldades: a primeira tem a ver com a sua própria sustentabilidade. Muitas paróquias são tão pobres que mal permitem o sustento dos sacerdotes. Além disso, a Igreja tem muitos candidatos ao sacerdócio, oriundos das camadas mais pobres da sociedade, que precisam de ser ajudados para cumprirem o sonho de doarem a vida a Jesus. É aqui que os benfeitores da Fundação AIS são chamados a intervir. Cada jovem que deseja ser sacerdote deve poder cumprir o seu sonho. Nós somos convidados a ajudar e a rezar por eles. Vamos ficar indiferentes a isso?

 

Saiba mais em www.fundacao-ais.pt

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