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A uma janela de Roma
Papa pede diálogo aos casais para evitar divórcios
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Um tempo de diálogo pessoal entre marido e mulher. Este é o desejo do Papa, na semana em que falou dos Jogos Olímpicos de Londres e ficou chocado com o ataque num cinema nos EUA. Pelo Vaticano, é notícia também a nomeação de um novo vice-camerlengo, bem como os últimos desenvolvimentos do caso Vatileaks.

 

1. O Papa considera fundamental o diálogo entre marido e mulher para evitar incompreensões e até mesmo o divórcio. Numa mensagem dirigida aos casais das Equipas de Nossa Senhora que estão reunidos num encontro internacional, em Brasília, Bento XVI sublinha “o dever de sentar-se”, ou seja, o compromisso de manter regularmente um tempo de diálogo pessoal entre marido e mulher, em clima de escuta e sinceridade. O Papa convida os casais cristãos a darem testemunho da beleza do amor alimentado pela fé.

As Equipas de Nossa Senhora são um movimento católico para casais, reconhecido pelo Vaticano, fundados há mais de sete décadas em França por um sacerdote francês. O padre Caffarel, cujo processo de beatificação está em aberto, reconheceu no casamento uma vocação para a santificação do casal e criou estes grupos de casais precisamente para sustentar e apoiarem-se nesta caminhada. O movimento passou pouco depois para Portugal, onde está largamente difundido. O próximo casal responsável internacional será mesmo português e toma possa durante este encontro no Brasil.

 

2. O Papa espera que espírito dos Jogos Olímpicos de Londres impulsione a paz no mundo. “Rezemos para que, com a vontade de Deus, os Jogos sejam uma verdadeira experiência de fraternidade entre os povos do mundo”, desejou Bento XVI, no passado Domingo, na sua residência de Verão de Castel Gandolfo, perto de Roma. “Rezo para que, no espírito da Trégua Olímpica, a boa vontade gerada por este evento desportivo internacional gere os seus frutos, promovendo a paz e a reconciliação através do mundo”, acrescentou o Papa, a propósito dos Jogos Olímpicos que se iniciaram nesta sexta-feira, 27 de Julho, e que vão terminar a 12 de Agosto.

Salientando que, devido ao ambiente global do evento, a Igreja Católica vê os Jogos Olímpicos "com particular simpatia e atenção”, Bento XVI abençoou ainda todos os que participam neste evento: “Para todos aqueles que participarem nos Jogos Olímpicos, peço abundantes bênçãos de Deus todo-poderoso”.

 

3. O Papa está chocado com o ataque num cinema nos EUA que fez 12 mortos e mais de 50 feridos. No final do Angelus, no passado Domingo, Bento XVI disse estar "profundamente chocado pela insensata violência” em Aurora, Denver, nos Estados Unidos. "Compartilho a angústia das famílias e dos amigos das vítimas e feridos, principalmente das crianças", afirmou. Recorde-se que na estreia do filme Batman, um homem realizou vários disparos numa sala de cinema. O atirador, de 24 anos, foi preso no estacionamento.

 

4. Bento XVI nomeou um novo vice-camerlengo: o arcebispo italiano D. Pier Luigi Celata, de 75 anos, substitui no cargo o cardeal espanhol Santos Abril y Castelló, arcipreste da Basílica Papal de Santa Maria Maior de Roma, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé. O novo vice-camerlengo, diplomata de carreira, é secretário do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso e assume agora a tarefa de coadjuvar o camerlengo da Santa Igreja Romana que é, desde 2007, o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano. Este cargo implica que, após a morte de um Papa, seja o cardeal camerlengo a gerir o património da Santa Sé, o que também acontece quando o Bispo de Roma se encontra em viagem.

 

5. A Secretaria de Estado do Vaticano reprovou firmemente novas alegações no caso Vatileaks, que envolvem Ingrid Stampa, antiga governanta do Papa, o cardeal italiano Paolo Sardi, ex-colaborador da Câmara Apostólica, e o bispo alemão Josef Clemens, ex-secretário pessoal de Ratzinger, antes de ter sido eleito Papa em 2005. A Santa Sé negou estas informações, lamentando as acusações. A nota oficial do Vaticano critica estas insinuações, que “não estão fundadas em argumentos objectivos e são gravemente lesivas da honorabilidade das pessoas em causa”.

Entretanto, o mordomo do Papa envolvido no escândalo de fuga de informação do Vaticano foi colocado em regime de prisão domiciliária. Paolo Gabriele estava detido preventivamente desde Maio, nas instalações da polícia do Vaticano, depois de lhe terem sido apreendidos documentos confidenciais retirados dos aposentos do Papa, cujo percurso normal seria darem entrada na Secretaria de Estado e classificados sob reserva.

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