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Bolívia: a história inspiradora das irmãs Carmelitas de Cochabamba
“A madre superiora? Está a lavrar a terra…”
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Tem pouco mais de trinta anos e um sorriso que parece eterno. Chama-se Maria Olga, é a madre superiora das Carmelitas de Cochabamba e deixa muitos homens da povoação estupefactos com a habilidade com que conduz o tractor. Sim, uma madre superiora a lavrar a terra, algures na Bolívia. E tudo graças à generosidade dos benfeitores da Fundação AIS.

 

No Sudoeste da Bolívia fica Cochabamba. É uma zona densamente povoada e pobre. Tão pobre que quase todas as casas estão por pintar. A razão é simples: as autoridades consideram que as casas só estão efectivamente construídas se estiverem pintadas. E se estiverem pintadas tem de se pagar o imposto respectivo. E muitos não têm esse dinheiro. É quase um mundo a preto e branco, à excepção do convento das Carmelitas, que sobressai ainda mais na sua fachada caiada e no muro que circunda a propriedade.

 

Orgulho da região

Este convento é o orgulho da região. Todos dão graças a Deus por as irmãs estarem ali há 21 anos, aniversário que vai ser assinalado já em Agosto. As Irmãs são tão queridas de todos, mesmo dos que dizem não ter fé, que até casais desavindos resolvem bater-lhes à porta, pedindo ajuda a estas mulheres consagradas para ultrapassarem discussões, birras, desentendimentos, para encontrarem de novo um caminho para as suas vidas. E tem resultado sempre.

 

A ajuda da Fundação AIS

Estas Irmãs Carmelitas rezam todos os dias, evidentemente, como todas as irmãs Carmelitas em todo o mundo. Mas estas irmãs rezam também, todos os dias, pelos benfeitores da Fundação AIS. Foi através da Fundação que elas restauraram o edifício, que o pintaram, que compraram o tractor e que, com tudo isso, encheram de vida o convento e, através dos seus sorrisos, da sua simplicidade, tornaram-se um símbolo e um exemplo para toda a região.
Há 21 anos eram apenas seis jovens mulheres. Hoje já são doze e todos os anos há mais alguém a bater à porta. E tem mesmo de bater com força. A campainha está estragada e não é provável que a madre superiora consiga ouvir alguma coisa pois o ruído do tractor abafa tudo em volta, menos, seguramente, as palavras das orações que vai dizendo para si enquanto lavra os campos.

 

O rosto da felicidade

A vida em Cochabamba é marcada, pois, pelo ritmo das orações e pelo trabalho. É daí que as irmãs tiram todo o sustento. É uma vida dura. Não há qualquer luxo, apenas muito esforço, muito suor. As terras para amanhar, a necessidade de cuidar dos animais – elas também têm ovelhas que lhes dão o precioso leite – os tecidos que vão bordando e que são tão apreciados nas redondezas, e a atenção que prestam a todas as visitas, a todas as pessoas que lhes batem à porta como se no universo não existisse mais ninguém.



Orações sinceras e felizes

Quem já visitou o convento das Carmelitas em Cochabamba nunca mais esquecerá os sorrisos daquelas irmãs. Se a felicidade tem um rosto, então está ali, estampado no olhar de doze mulheres que escolheram viver para Deus todos os dias das suas vidas. E todos os dias estas Irmãs Carmelitas rezam e agradecem a ajuda dos benfeitores da Fundação AIS. Foi uma pequena ajuda, mas que lhes permitiu pintar o convento, arranjar o muro e comprar o tractor. Apenas isso. É claro que isso nunca poderá pagar as orações sinceras e felizes destas irmãs que agradecem a Deus a sua ajuda, a ajuda de todos os benfeitores da Fundação AIS.

Saiba mais em www.fundacao-ais.pt

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