O Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Nuno Brás, recordou na passada semana que “mesmo com o seu pecado e as suas dificuldades, os seus medos, angústias e incapacidades, um Padre é sempre o sinal da persistência da oferta salvadora de Deus para todos”.

Na homilia da celebração dos seus 25 anos de ordenação sacerdotal, proferida no passado dia 4 de Julho no Seminário de São José de Caparide, D. Nuno Brás reconheceu a importância de todos aqueles que se cruzaram consigo nestes anos de ministério sacerdotal.

Na celebração onde esteve também presente o Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, D. Nuno Brás sublinhou que a recusa daqueles que conhecem Jesus e não lhe abrem o coração é uma atitude semelhante àquela que o mundo ocidental hoje vive. “O mundo em que vivemos, particularmente o ocidental, com todas as suas luzes e realidades positivas, não deixa de assumir uma atitude muito semelhante. Também ele conhece Jesus. O Senhor e a sua Igreja encontram-se na raiz da sua civilização, daquilo que melhor ele foi capaz de realizar: das artes às ciências, até ao viver quotidiano. E, no entanto, este incompreensível ‘que tens a ver connosco?’ continua a ser dito e vivido, disfarçado de autonomia, de independência e de adultez, para terminar, inevitavelmente – como mostrou a história do séc. XX, com todos os seus demónios sangrentos – no precipício da morte, dos indivíduos e das inteiras sociedades”.

Recordando, ainda, que também os cristãos “por medo de uma vida exigente e radical” recusam Jesus sempre que escolhem o pecado, D. Nuno Brás apontou o lugar da cura. “O Senhor persiste e cura. Persiste connosco, como persistiu com aqueles endemoninhados; persiste connosco, como persistiu com os seus discípulos; persiste connosco, como persistiu com Pedro; persiste com o mundo em que vivemos, e quer curá-lo”.

D. Nuno Brás, foi ordenado no dia 4 de Julho de 1987 pelas mãos do Cardeal Ribeiro, Patriarca de Lisboa. A 20 de Novembro de 2011 foi ordenado Bispo, por D. José Policarpo.