O mundo sabe que há um conflito latente entre o Sudão e o Sudão do Sul. Mas o mundo ignora os dramas diários vividos por centenas de pessoas que são obrigadas a fugir das bombas, da violência, do horror. Mas, lá no meio das estradas dos refugiados, há anjos que dão uma ajuda preciosa. É o caso do Bispo Moreschi, que a Fundação AIS apoia desde a primeira hora.
Está calor, está muito calor. Algures, numa estrada de terra batida, poeirenta, entre o Sudão do Sul e a Etiópia, nuvens de pó assinalam a presença de pessoas que vão caminhando lentamente em pequenos grupos. Quando se passa por elas, repara-se que são essencialmente mulheres e crianças. Vêm do Sudão do Sul, caminham para a Etiópia, numa zona de passagem, terra de ninguém. Fogem. Fogem do metralhar das espingardas, do cheiro da pólvora, do sangue e da morte. Fogem da guerra não declarada que está a lançar o caos e a destruição na longa fronteira entre o Sudão e o Sudão do Sul. Fogem e levam tudo o que têm consigo. Levam os filhos, a pouca roupa que trazem vestida, e pouco mais. Oásis de paz Para muitos dos que se têm feito à estrada, nada disto é novidade, apesar da enorme violência que obriga a estas caminhadas forçadas. Décadas de guerra civil cicatrizaram todo o horror. Milhares e milhares de sudaneses do Sul sabem de cor as estradas e os caminhos da floresta. Já adivinham o local preciso onde as bombas caem, com o cheiro característico de morte, apenas pelo silvar das bombas, sabem o sítio, no meio do nada, onde estão enterrados os familiares e amigos que não lograram chegar a campos de refugiados, a oásis precários de paz. É isso que procuram as pessoas que caminham na borda das estradas e que levantam nuvens de poeira: buscam campos de refugiados, oásis de paz. Muitas delas, centenas delas, nunca ouviram falar no Bispo Angelo Moreschi, mas ele tem sido o anjo invisível que tem feito milagres junto desta população refugiada, perdida no meio de estradas e perdida no meio das suas vidas. O milagre da água O Bispo Moreschi, da Diocese de Gambella, tem uma preocupação: no meio do caos, no meio do calor imenso, muitas vezes acima dos quarenta graus, o mais precioso de todos os tesouros chama-se água. Água… Quantas gotas, quantos litros desperdiçamos em nossas casas? Pois ali, na Diocese de Gambella, na fronteira entre o Sudão do Sul e a Etiópia, a água é essencial e o Bispo Moreschi passa os dias a fintar as autoridades - que olham com desconfiança para estes refugiados, já quase moribundos - para levar algum camião cisterna que transporte consigo a promessa de oásis no meio do deserto.Saiba mais em www.fundacao-ais.pt
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