O Cardeal-Patriarca de Lisboa ordenou, no passado Domingo, dia 1 de Julho, cinco novos padres e três diáconos a quem lembrou a força do sacramento da Ordem. Aos cristãos, D. José Policarpo salientou o poder da fé e convida ao contacto pessoal com Jesus.
“A Igreja, pelo seu poder sacramental, tem a força de fazer o que só Jesus pode fazer e ao impor-vos as mãos eu faço aquilo que só Ele pode fazer”, garantiu o Cardeal-Patriarca, D. José Policarpo, aos novos padres e diáconos que ordenou no passado Domingo, 1 de Julho, no Mosteiro dos Jerónimos.
O Patriarca de Lisboa salientou que “não é a capacidade humana que transforma, recria e vai reconstituindo, a pouco e pouco, esta realidade nova a que o próprio Senhor chamou Reino do Céus”, mas o poder sacramental da Igreja que vem de Jesus Cristo. Neste sentido, lembrou aos cinco novos padres o poder que lhes é dado pelo sacramento da Ordem: “No exercício do vosso ministério sacerdotal, quando anunciais a Palavra, a ponto de ela ser uma Palavra que converte e move os corações; quando pegais no pão e no vinho e dizeis ‘Isto é o meu Corpo, tomai e comei, Isto é o meu Sangue, tomai e bebei’; quando disserdes aos vossos irmãos arrependidos ‘Eu te perdoo os teus pecados’, estareis a fazer o que só Ele pode fazer”. Por isso, acrescenta D. José Policarpo, “o poder sacramental da Igreja é a manifestação mais bela e mais decisiva da sua qualidade e do seu mistério”.
Contacto pessoal com Jesus
No entanto, segundo o Cardeal-Patriarca de Lisboa, para que Deus possa agir na vida da pessoa é necessário que possa haver um contacto pessoal que supõe a fé individual. “Para Ele fazer o que só Ele pode fazer, isso supõe um contacto pessoal da pessoa que pede a salvação. Um contacto pessoal que Jesus reconhece que lhe toca o coração. Um contacto pessoal que o aproxima de nós. A fé, aceitação sem limites de Jesus, sem discutir, sem a fazer depender da nossa compreensão humana, sem a deixar toldar por nenhuma insegurança e nenhuma dúvida, confiança total. É isto que toca o coração do Senhor”, observou.
Dirigindo-se àqueles que estavam prestes a ser ordenados, e diante de uma assembleia de mais de um milhar de pessoas e centenas de sacerdotes diocesanos e religiosos, D. José Policarpo sublinhou a necessidade do acreditar. “Durante a vossa vida de ministério, pessoalmente e no contacto com o Povo de Deus, haveis de sentir isto muitas vezes: é preciso acreditar. E basta acreditar, porque é essa fé sem limites que gera esse contacto pessoal, quase físico. Na Eucaristia que haveis de celebrar, ele é mesmo físico”, acentuou.
Abrir o coração a Jesus
Recordando que “a principal manifestação da sabedoria cristã é, sem dúvida nenhuma, o amor fraterno”, e citando o Papa Bento XVI que afirma ser “a liberdade o princípio da caridade e da igualdade entre as pessoas”, o Patriarca de Lisboa convidou, ainda, os cristãos a abrirem o coração ao contacto pessoal com Jesus. “Meus irmãos e irmãs, abramos o nosso coração a este contacto pessoal com Jesus, porque a partir dele renova-se a nossa vida e nós seremos a partir dele focos transformadores do mundo em que vivemos”. “A compreensão que brota do contacto pessoal com Jesus leva-nos a redescobrir a beleza da criação”, concluiu.
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