Os terroristas da seita Boko Haram não desistem de espalhar o horror na Nigéria. É assim, à lei da bala, através da morte e do medo, que querem instaurar um regime islâmico no país, provocando a fuga dos cristãos. Na Páscoa, mais uma bomba explodiu numa Igreja. Mas, da Nigéria, chega-nos também a história de um grupo de jovens que não desiste da sua vocação, que quer ser exemplo de fé num país martirizado. São os seminaristas de Jos.
No Domingo de Páscoa, um carro armadilhado foi explodir junto a uma igreja. O barulho foi tão grande que se ouviu em toda a cidade de Kaduna. Morreram 41 pessoas, dezenas ficaram feridas e o medo voltou a estar estampado no rosto de todos. A lei do medo Os terroristas islâmicos da Boko Haram são precisos na violência contra os cristãos. Não falham. Atacam igrejas quando estão cheias de fiéis, aos domingos, no Natal ou na Páscoa, não recuando perante qualquer símbolo sagrado, matando indiscriminadamente, fazendo prevalecer a lei do mais forte, a lei do medo. O barulho das bombas Quem passa por uma experiência destas, nunca mais esquece o barulho ensurdecedor das bombas que rebentam, os estilhaços que deflagram, os gritos, o cheiro a sangue e a morte. D. Matthew Ndagoso, Arcebispo de Kaduna, já sabia que algum ataque estava a ser preparado para a sua diocese para os dias de Páscoa. “Tínhamos sido avisados da possibilidade de novos ataques, mas ninguém sabia como e quando seríamos atingidos. Então, estávamos a celebrar a Páscoa na paz e tranquilidade.” Exemplo para o mundo Na Nigéria, quando tão facilmente se semeia o terror, é possível imaginar que as igrejas fiquem vazias, que os crentes, assustados, evitem os lugares sagrados, pois ninguém sabe quando algum terrorista poderá accionar bombas assassinas. Mas isso não acontece. A Nigéria é exemplo para o mundo. Seminário de Jos Em Jos, o seminário continua cheio de vida. Ali ninguém arreda pé. Falta-lhes, porém, muita coisa, às vezes até comida. Mas sobra-lhes coragem. De Jos, do seminário, pedem-nos ajuda. O Arcebispo, D. Ignatius Kaigama, escreveu à Fundação AIS para que “os benfeitores portugueses adoptem seminaristas nigerianos”. É a resposta ao terror. Enquanto uns lançam bombas, outros formam seminaristas, futuros padres, fazedores de paz e de progresso na comunidade. Pedido de ajuda Neste momento, a Diocese de Jos tem 323 seminaristas que pretendem seguir Cristo para o resto das suas vidas, dos quais 56 se preparam para a ordenação sacerdotal. Todos eles têm algo em comum: a fé, a coragem e a pobreza.
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