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A uma janela de Roma
Maria, exemplo de oração
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Bento XVI sublinhou o papel de Maria. Na semana em que rezou com o Arcebispo primaz da Igreja Anglicana, o Papa falou da violência, do casamento e do confessionário. Finalmente, foi anunciada a oferta de uma imagem do Cristo Redentor e foi publicado o Anuário Pontifício.

 

1. De Maria, os cristãos devem aprender a rezar, sublinhou o Papa. “Nos Actos dos Apóstolos, aparecem os Discípulos reunidos em oração com a Mãe de Jesus no Cenáculo à espera do Espírito Santo. Assim como a vida terrena de Jesus teve início com Maria, assim também a Igreja dá os primeiros passos com Ela. As etapas do caminho de Maria desde a sua casa de Nazaré até ao Cenáculo, passando pela Cruz onde Jesus Lhe entregou João como filho, mostram-Na num perseverante clima de recolhimento, meditando tudo no silêncio do seu coração. Com esta atitude interior de escuta, Maria é capaz de ler a história, reconhecendo com humildade que é o Senhor quem tudo realiza. No Magnificat, vemos Maria cantar não só as maravilhas n’Ela operadas, mas também aquilo que Deus fez e continua a fazer na História. Por isso, esta sua presença no Cenáculo tem um grande significado, pois Maria partilha com os Apóstolos aquilo que há de mais precioso: a memória viva de Jesus na oração. Venerar a Mãe de Jesus na Igreja significa aprender d’Ela a ser comunidade que reza”, garantiu Bento XVI, durante a audiência-geral da passada quarta-feira.

 

2. O Papa e o Arcebispo primaz da Igreja Anglicana rezaram juntos em Roma.

No sábado, dia 10, Bento XVI presidiu às vésperas, ao lado do Arcebispo de Cantuária, Rowan Williams, numa celebração na igreja do mosteiro de San Gregorio al Celio, em Roma. Esta foi a terceira vez que um Papa rezou ao lado do líder do Anglicanismo na casa de São Gregório Magno, desta vez, por ocasião dos mil anos de fundação da casa mãe da Congregação Camaldulense. Neste dia, o Papa e o Arcebispo primaz da Igreja Anglicana estiveram ainda em audiência privada.

 

3. O Papa reiterou que a violência é um fenómeno que não serve a humanidade. “A violência é contrária ao Reino de Deus, é um instrumento do anticristo. A violência nunca serve a humanidade, mas desumaniza-a”, assegurou Bento XVI, durante o Angelus do passado Domingo.

O Papa lembrou ainda as vítimas provocadas pela passagem do ciclone Irina em Madagáscar, que fez cerca de 70 mortos e deixou 80 mil desalojados na maior ilha africana: “O meu pensamento vai antes de mais para as queridas populações de Madagáscar, recentemente atingidas por violentas calamidades naturais, com graves danos para as pessoas, estruturas e campos cultivados. Ao assegurar a minha oração pelas vítimas e pelas famílias mais atingidas, desejo e encorajo um auxílio corajoso por parte da comunidade internacional”.

 

4. O Papa voltou a condenar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, precisamente numa altura em que diversos países estão a legalizar a prática. Ao receber no Vaticano um grupo de bispos norte-americanos, em visita ad limina, Bento XVI pediu aos católicos para defenderem a união tradicional entre um homem e uma mulher, reforçando que “o Sacramento do Matrimónio é indissolúvel” e que “as diferenças sexuais na definição do matrimónio não podem ser consideradas irrelevantes”.

 

5. A Confissão sacramental é caminho para a nova evangelização. A garantia foi deixada pelo Papa, num encontro promovido pela Penitenciaria Apostólica. Ao cerca de 1300 participantes – acompanhados do Penitenciário-Mor, o Cardeal português D. Manuel Monteiro de Castro –, Bento XVI apelou a uma renovada coragem pastoral na pedagogia das comunidades cristãs para propor a prática do Sacramento da Reconciliação. Mediante a confissão, o pecador “abandona o homem velho para revestir-se do homem novo". Por isso, a conversão real dos corações “é o motor de toda a reforma e se traduz em verdadeira força evangelizadora”.

“A nova evangelização parte também do Confessionário! Isto é, parte do misterioso encontro entre o inexorável anseio do homem e a Misericórdia de Deus, única resposta adequada à necessidade humana de infinito”.

 

6. Bento XVI vai receber uma réplica do Cristo Redentor, de três metros de altura, que será oferecida durante a Missa do Domingo de Ramos, a 1 de Abril, pelos organizadores da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio’2013. Segundo explicou o Arcebispo do Rio de Janeiro, D. Orani João Tempesta, a imagem deverá ficar na capital italiana, Roma, para representar o Rio e divulgar a cidade como sede da próxima JMJ.

 

7. O número de católicos no mundo aumentou em 15 milhões desde 2009, cifrando-se actualmente em cerca de 1,1 bilhão as pessoas que dizem professar a fé católica. Os dados fazem parte do Anuário Pontifício de 2012, que foi apresentado ao Papa Bento XVI pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone. Segundo a publicação, existem menos católicos na América do Sul e na Europa, enquanto o número registou um aumento na África e no sudeste da Ásia.

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