Nasceu em Braga, é Espiritana. Pertenceu ao grupo que fundou a presença das Irmãs do Espírito Santo no Gana. Estudou Gestão em Viana do Castelo. Dedicou-se à Pastoral Juvenil com os Jovens Sem Fronteiras. Acaba de ser enviada para o Brasil onde um campo imenso de trabalho se abre diante dela. ‘Dar tudo’ é o seu lema de vida e de Missão.
Até às Espiritanas…
Nasceu e cresceu na cidade de Braga e foi aluna do Colégio do Coração de Maria. Foi lá que percebeu que Deus a chamava à Vida Consagrada. Um belo dia, participou num encontro de jovens e ouviu a Irmã Ascensão Lourenço a falar, com muito fogo, da sua vida missionária no Brasil e este testemunho tomou conta dela.
Ao ver imagens duras chegadas da Etiópia ou de outros países em guerra e com fome, a Sofia foi concluindo que as pessoas precisam mais de ternura do que de bens materiais e, por isso mesmo, é necessário que haja quem entregue a vida pelos mais pobres. Começou a participar nos retiros e encontros das Espiritanas e, feito o 12º ano, foi viver com elas.
A caminho da Missão lá fora…
Foram quatro anos de caminho, de discernimento, de experiência de Vida Religiosa que permitiram conhecer-se melhor e conhecer melhor o carisma das Irmãs. Ficava sempre fascinada com o testemunho que as Irmãs vindas da linha da frente da missão iam partilhando. A Sofia ainda recorda algumas imagens e cita a da Irmã, de calções, a atravessar um rio na Nigéria. Tudo em nome do Evangelho de Cristo.
Dia grande da sua vida foi o da Profissão Religiosa, em Braga, em pleno Jubileu do ano 2000. Após um ano em Alvarães – Viana, onde as Irmãs dirigem um Jardim de Infância, abriram-se-lhe as portas de África e partiu para o Gana.
África… o Gana.
Porquê este país? A Irmã Sofia explica: “O Conselho Geral, em Paris, decidiu abrir uma Fundação no Gana. Eram precisas quatro Irmãs que falassem Inglês. Fui uma delas”. Salienta a riqueza da experiência missionária de quatro Irmãs que se não conheciam e fundaram uma comunidade numa terra que ninguém conhecia: Berekum. Foram tempos fortes de descoberta, de conhecimento de um povo com quem partilharam a vida: “O iniciar um projecto é sempre fascinante. Precisamos do povo. Sentimos que o povo ficou grato pela nossa opção de vivermos com as pessoas o dia-a-dia”. Quando, ao fim de seis anos, regressou a Portugal para estudar, percebeu que gostava muito das pessoas e que as pessoas gostavam dela, tal foi a comoção na Eucaristia da hora da despedida.
Estudos e Pastoral Juvenil
Os últimos quatro anos, a Irmã Sofia viveu-os em Portugal, na Comunidade de Alvarães – Viana do Castelo. Teve alguma dificuldade de se voltar na inserir nos padrões de vida dos povos mais ricos, após alguns anos de partilha de vida em comunidades muito pobres e sem grande acesso às tecnologias: “Dá-me a sensação de que o mundo evoluiu tão depressa que fui ultrapassada!”.
O grande objectivo destes anos em Portugal foi o estudo de Gestão, uma área que a fascina e que constitui uma ferramenta importante para a Missão, onde quer que seja enviada. Mas não se ficou pelos estudos: dedicou-se ao Jardim de Infância e ao trabalho pastoral, sobretudo com jovens, quer na paróquia de Alvarães, quer apoiando grupos de Jovens Sem Fronteiras na Região Minho. Teve a alegria de participar em duas Semanas Missionárias organizadas pelos Jovens Sem Fronteiras, uma em Alvarenga, na Diocese de Lamego e outra em Reboreda, na Diocese de Viana do Castelo. Participou ainda em Encontros Nacionais, Retiros e Encontros de Animadores. A Pastoral Juvenil é, para ela, uma grande paixão.
Missão no Brasil…
Acaba de partir rumo ao Brasil, fazendo uma experiência de Missão num terceiro continente, que ela reconhece ser bem diferente de África e da Europa. Acha o Brasil um espaço mais aberto, o que torna a missão mais desafiante e exigente. Vai tentar corresponder á confiança que nela depositam. A pastoral juvenil é uma área de missão que a fascina e no Brasil terá campo aberto para agir. Como gosta do contacto directo com o povo, esta nova missão promete ser fantástica.
Na hora da partida, deixou uma mensagem: “Parto com aquele sentimento de quem vai dar tudo… mas estou convencida de que vou receber muito, muito mais!”.
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