“Para todos, um santo Natal e um bom Ano Novo, repleto das bênçãos do Deus Menino!”. Foi este o desejo do Papa, durante a audiência-geral. No Vaticano, a árvore de Natal também já foi iluminada, na semana em que Bento XVI visitou uma prisão. Foi ainda publicada a mensagem para o Dia Mundial da Paz e de Cuba vem a garantia de bom acolhimento à visita papal.
1. O Papa fez votos de que a celebração do Natal renove, ilumine e transforme a vida dos homens. “A celebração do Natal recorda-nos que, naquele Menino nascido em Belém, Deus se aproximou de todos e cada um dos homens; e nós podemos encontrá-l’O agora, num «hoje» sem ocaso. Quando dizemos, na celebração litúrgica, «hoje nasceu o nosso Salvador», este termo «hoje» não é uma palavra vazia, mas significa que Deus nos dá a possibilidade de O reconhecer e acolher agora – como fizeram outrora os pastores em Belém –, para que nasça também na nossa vida e a renove, ilumine e transforme com a graça da sua presença”, disse Bento XVI, durante a habitual audiência-geral das quartas-feiras. Depois, desejou um Natal verdadeiramente cristão: “Queridos peregrinos de língua portuguesa, desejo a todos vós e às vossas famílias um Natal verdadeiramente cristão, de tal modo que os votos de «Boas Festas», que ides trocar uns com os outros, sejam expressão da alegria que sentis por saber que Deus está no meio de nós e deseja percorrer connosco o caminho da vida. Para todos, um santo Natal e um bom Ano Novo, repleto das bênçãos do Deus Menino!”. 2. Foi iluminada, no passado dia 16, a árvore de Natal na Praça de São Pedro. Na véspera, o Papa recebeu na Sala Clementina a delegação ucraniana, composta por 500 pessoas, que veio ao Vaticano para entregar a árvore de Natal. Na saudação, Bento XVI falou deste símbolo natalício, já que a árvore, com os seus ramos, evoca o perdurar da vida. A árvore e o presépio são elementos da atmosfera típica do Natal, atmosfera de religiosidade e intimidade familiar que, segundo o Papa, devemos preservar nas nossas sociedades, onde muitas vezes parece prevalecer o consumismo e a busca de bens materiais. 3. O Papa visitou no passado Domingo, dia 18 de Dezembro, a maior prisão de Roma. Apesar dos seus crimes, os prisioneiros devem ser tratados com respeito e dignidade. Bento XVI quis dar o exemplo e, por isso, explicou aos prisioneiros por que foi à prisão. “Vim, sobretudo, para vos demonstrar a minha proximidade pessoal e íntima, na comunhão com Cristo, que vos ama. Mas, certamente, esta visita pessoal que vos faço, é também um gesto público que recorda aos nossos cidadãos e ao governo que existem graves problemas e dificuldades nas prisões italianas”. Pela primeira vez, um Papa aceitou responder a perguntas. Um por um, de pé, os prisioneiros interrogaram-no brevemente sobre a necessidade de melhores condições, sobre a importância do perdão, um deles falou-lhe da filha de 2 meses e mostrou-lhe o retrato… e outro, em nome dos que estavam na enfermaria, desabafou que há muita gente que diz mal deles… “Você afirmou que dizem mal de vós, infelizmente, é verdade; mas também há quem diga e pense bem de vós. Temos de suportar que alguns digam mal de nós… dizem mal também do Papa e, todavia, seguimos em frente! Parece-me importante encorajar e sensibilizar todos para o vosso sofrimento, para que vos ajudem no processo de reabilitação, sem desprezo e de modo humano, para que, de facto, se possam levantar e avançar com dignidade”. O encontro decorreu na capela da prisão, em ambiente afectivo e caloroso. Um dos prisioneiros, que se dirigiu ao Papa, reflectiu bem nas suas palavras a estima e comoção do encontro. “Chamo-me Omar. Santo Padre queria perguntar-te um milhão de coisas, mas hoje é difícil fazer-te uma pergunta… estou comovido com este evento. A tua visita aqui à prisão é um facto muito forte para nós prisioneiros... Por isso, mais do que uma pergunta prefiro pedir-te que nos deixes ficar agarrados a ti, com o nosso sofrimento e o dos nossos familiares, como um cabo eléctrico que comunica com Nosso Senhor. Gosto de ti!”. 4. Foi publicada a Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz, com o tema ‘Educar os Jovens para a justiça e a paz’. Com a crise deste ano aumentou o sentido de frustração e na raiz desta crise estão problemas culturais e antropológicos. Até parece que um manto de escuridão desceu sobre o nosso tempo e nos impede de ver com clareza a luz do dia… E é justamente neste contexto que o Papa nos convida a olhar para o ano 2012 com atitude confiante. A mensagem deste ano aposta sobretudo nos jovens, porque Bento XVI está convencido de que eles podem – com o seu entusiasmo e idealismo – dar nova esperança ao mundo. Para isso, há que envolver pais, famílias, educadores, responsáveis pela vida religiosa, social, política, económica, social, cultural e mediática. Bento XVI pede aos pais para não desanimarem, pede às escolas abertura ao transcendente e ao outro, pede aos políticos apoio à família, maternidade e educação e maior transparência no exercício da política como serviço para o bem de todos. O mundo dos media é também chamado a articular comunicação com educação. O recto uso da liberdade é ponto central na promoção da justiça e da paz e o Papa recorda – sobretudo aos jovens – que não são as ideologias que salvam o mundo, mas unicamente o Deus vivo, garantia da nossa liberdade, medida do que é justo e verdadeiro. 5. Cuba vai receber o Papa com “afecto e respeito”, garantiu o presidente cubano, Raúl Castro, durante uma reunião que teve em Havana com uma delegação da Santa Sé. Recorde-se que Bento XVI vai viajar no mês de Março ao México e a Cuba, naquela que será a sua segunda visita à América Latina, depois da viagem ao Brasil em 2007.![]() |
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