O Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, assinalou no passado sábado, 15 de novembro, o Dia Mundial dos Pobres, enaltecendo a figura da Rainha D. Leonor, “marcada pela grandeza da caridade e pelo peso da cruz”.

Na Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, nas Caldas da Rainha, o Patriarca presidiu à Missa que encerrou o ‘Programa Evocativo dos Cinco Séculos de Legado da Rainha Dona Leonor’. Na celebração vespertina, a partir das leituras do Domingo, também Dia Mundial dos Pobres, D. Rui Valério enalteceu a figura da Rainha D. Leonor.

“Na sua existência, marcada pela grandeza da caridade e pelo peso da cruz, resplandece uma fé profunda e perseverante. Mulher de oração e de serviço, foi abençoada com a sabedoria evangélica de corporalizar as mais elevadas virtudes da graça divina em ação, em gestos, em obras. Na luz deslumbrante de uma fé fortalecida tinha o seu coração voltado para Deus, sustentada pela certeza de que o amor é mais forte do que o sofrimento, e para os irmãos sobretudo os mais pobres e vulneráveis. As suas obras de caridade foram expressão visível dessa fé que não desiste, dessa capacidade abençoada de viver na mesma intensidade o amor a Deus e aos irmãos”, apontou, na homilia.

Para o Patriarca, “ninguém, na história de Portugal, viveu tão integralmente a vocação de realizar, não os seus planos e projetos próprios, quanto cumprir a vontade do Pai e dar concretização ao que lhe pedia o amor de Jesus Cristo, como a Rainha D. Leonor”.

“Embebida de Evangelho e iluminada pelo Espírito Santo, a sua vida esteve ao serviço de Deus e dos irmãos, numa harmonia que transbordou para as artes e cultura. No intuído da sua admiração pelas formas de beleza artística não está só a sua veia contemplativa, mas também aí, a conjugação do fator histórico, material, com a dimensão espiritual, transcendental; realizar a harmonia entre a terra e o céu, entre o temporal e o eterno: eis a capacidade iluminada de D. Leonor”, assinalou.

D. Rui Valério terminou a homilia com referência ao exemplo de santidade, pedindo a oração “por todos os que, ao longo destes cinco séculos, foram contemplados com os benefícios da ação de D. Leonor; mas também rezamos para que a Igreja reconheça que na parábola de vida desta grande Rainha e senhora está uma verdadeira santa, digna de subir às honras dos altares”.