Na Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, celebrada a 19 de junho, na Sé Patriarcal, o Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, destacou a centralidade da Eucaristia como “mistério de amor”, onde Cristo, assumindo um corpo, se faz “alimento de vida eterna” e, com iniciativa divina, “nos comunga” a nós.
“Só quem é corpo e sangue pode tomar outro, pode acolhê-lo em si”, afirmou o Patriarca, na homilia, sublinhando que na Eucaristia é o próprio Deus que toma a dianteira, “aproxima-se de nós e nos comunga”, unindo-Se à humanidade de modo real e profundo. A celebração decorreu com os olhos postos no Jubileu de 2025, cujo tema, ‘Peregrinos de Esperança’, foi evocado como sinal da missão que brota da Eucaristia: “Alimento para o caminho, fortaleza na peregrinação e no envio aos famintos deste mundo”. Ao refletir sobre o mistério eucarístico, D. Rui Valério explicou que a Eucaristia não é apenas memorial, mas “acontecimento real de transformação”, onde o pão e o vinho, frutos da terra e do trabalho do homem, se tornam “Corpo de Cristo, fonte de salvação”. É nesse dom total que “somos cristificados”, afirmou, desafiando os fiéis a entregarem a própria vida para serem “outros Cristos” no mundo. O Patriarca sublinhou ainda a dimensão escatológica da Eucaristia, como “forma visível da esperança”: “Já temos Cristo connosco, mas ainda aguardamos a plenitude”. Citando Gabriel Marcel, disse que comungar é dizer a alguém: “Tu não morrerás jamais”. No contexto da atualidade internacional, D. Rui Valério recordou a guerra na Ucrânia, em Gaza, no Irão e em Israel, lamentando que “o pão da paz e o peixe da justiça” sejam hoje substituídos por “armas e ódio cego”. Pediu um “ativo desarmamento” e o respeito por cada pessoa, independentemente da sua origem, terra ou pátria. “A nossa voz, a voz da Igreja de Cristo vivo, é a voz do compromisso com os pobres e com os que sofrem, com a reconciliação entre os povos, com a paz no mundo”, declarou. No final da homilia, deixou um apelo à transformação pessoal e comunitária que brota do sacramento: “Que este Corpo que recebemos nos transforme em Corpo que serve. E que este Sangue derramado nos faça viver com alegria, como peregrinos de esperança”.![]() |
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