O Coro Capela Nova vai homenagear Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525-1594), “um dos mais influentes compositores de todos os tempos”, num concerto no Convento dos Cardaes, em Lisboa, neste sábado, dia 17 de maio, às 16h00, com entrada livre.

“Quase de certeza entre 3 de fevereiro de 1525 e 2 de fevereiro de 1526, nasceu Giovanni Pierluigi da Palestrina, um dos mais influentes compositores de todos os tempos, especialmente no universo da Igreja Católica, que viu na sua música a conciliação perfeita entre funcionalidade e estética no contexto pós-Concílio de Trento. De facto, o compositor criou um estilo próprio, focado na clareza dos textos e atento à variedade dos mesmos, que foi acolhido com grande sentido de oportunidade”, destaca um comunicado do coro.

A nota lembra ainda que “Palestrina esteve à frente das capelas musicais das principais igrejas de Roma ligadas ao Papa (São João Latrão, Santa Maria Maior e São Pedro), e deixou um legado de 104 missas, 105 motetes e 70 madrigais”. “Mas a sua fama vem sobretudo do facto das suas composições terem sido apontadas como um modelo a seguir, desde logo pelo próprio Papa e depois pela Igreja nos séculos seguintes”, acrescenta o texto.

“Capela Nova assinala a celebração destes 500 anos e deste legado, tomando como obra de referência a Missa Brevis de Palestrina, apresentada com algumas variantes – em conjunto com a obra homónima de James MacMillan (concertos de abril e maio), em alternância com música de órgão (concertos de junho e outubro), e com música alusiva ao ciclo do Natal (concertos de dezembro)”, salienta o comunicado.

O coro Capela Nova refere ainda que a música de Palestrina “atravessou fronteiras, e é impressionante como aqui tão longe de Roma, na Escola de Música da Sé de Évora, por exemplo, tivemos compositores, como Frei Manuel Cardoso, a compor ao estilo de Palestrina e sobre temas musicais das peças de Palestrina”. “Para a época era qualquer coisa de extraordinário”, assinala.

Capela Nova é um grupo vocal de câmara, com uma formação de 18 cantores, tendo iniciado a sua atividade em outubro de 2010, a partir da ideia de promover um espaço de fruição estética e espiritual em torno da música coral de inspiração cristã dos séculos XX e XXI, com algumas incursões também nos reportórios renascentista e romântico. Desde então, tem apresentado publicamente obras de compositores muito diversos em numerosas igrejas, particularmente da área de Lisboa, e em vários espaços culturais, sob a direção de Fernando Pinto, que fundou o agrupamento.