Lisboa |
Missa na Misericórdia da Amadora
Patriarca convida a “estar ao serviço dos outros, numa atitude de entrega”
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O Patriarca de Lisboa participou na entrega da Cruz do Jubileu da Caridade da Santa Casa da Misericórdia da Amadora para o Centro Social 6 de Maio. D. Rui Valério presidiu à Missa, no Domingo I da Quaresma, na Igreja de Nossa Senhora das Misericórdias, na Amadora.

“Encontramo-nos na igreja da Santa Casa da Misericórdia da Amadora para, num espírito e numa atitude de gratidão, louvar o Senhor pela presença e passagem da Cruz do Jubileu pelos lares deste concelho, onde permaneceu para sentir a proximidade de quem está numa situação de vulnerabilidade, mas, ao mesmo tempo, para assinalar a passagem de Jesus na vida de todos nós. Ao mesmo tempo, é uma celebração onde acolhemos a Cruz do Jubileu que provém, exatamente, da passagem dessas instituições para, depois, ser entregue à realidade dos nossos irmãos e irmãs migrantes, onde irá permanecer durante também esta semana, para viver a proximidade, para viver o júbilo, para viver a alegria”, explicou o Patriarca, no início da celebração na manhã deste Domingo, dia 9 de março, que foi transmitida em direto na TVI.

A Cruz do Jubileu da Caridade esteve duas semanas com a Misericórdia da Amadora. “Na visita a todas as nossas valências de 3.ªIdade, a Cruz do Jubileu da Caridade transportou “uma mensagem de fé e um guião espiritual”, que ajudou os nossos utentes, colaboradores e famílias na reflexão da presença de Jesus no mundo dos mais necessitados e excluídos”, salientou a instituição, num post na sua página na rede social Facebook.

 

Ao serviço dos outros

Na presença do presidente da Câmara Municipal da Amadora, Vítor Ferreira, e do presidente do Secretariado Regional de Lisboa da União das Misericórdias Portuguesas, Luís Bispo, que é também provedor da Misericórdia de Oeiras, além de dirigentes, representantes, utentes e familiares dos lares da Santa Casa da Misericórdia da Amadora, D. Rui Valério realçou a importância desta visita que pretende partilhar “a esperança de um Deus vivo”, “misericordioso” e “que é amor”, com as instituições que se dedicam ao apoio dos idosos, dos sem-abrigo, dos reclusos e dos migrantes.

“É muito belo que neste Primeiro Domingo de Quaresma, e nesta igreja da Santa Casa da Misericórdia de Amadora, nós estejamos a recordar aquilo que é o âmago da espiritualidade cristã: é o não servir-se a si, não estar ao serviço de si mesmo, mas estar ao serviço dos outros, numa atitude de entrega. E este é o labor, esta é a estrada que a Misericórdia da Amadora tem percorrido. Parabéns, pois”, saudou.

Na Igreja de Nossa Senhora das Misericórdias, no complexo social da Quinta das Torres, da Santa Casa da Misericórdia da Amadora, na homilia da Eucaristia de encerramento da visita da Cruz do Jubileu da Caridade o Patriarca de Lisboa a “re-escutar aquela palavra de São Paulo, na segunda leitura”, que “oferece uma perspetiva harmoniosa do ser humano entre o que faz a boca e o que realiza o coração”.

“Já não há diferença entre judeu e grego, somos todos irmãos, todos unidos no banquete da comunhão. Mas para que esta fraternidade universal aconteça na sociedade, esta reconciliação, esta união tem que começar a acontecer dentro de nós próprios. Por isso é que há aqui uma sintonia entre o que se diz com os lábios e o que se acredita com o coração. Porque quando há rotura, também não há união possível na sociedade”, alertou, garantindo que “Jesus ajuda-nos a realizar esta comunhão”.

Lembrando o episódio das tentações no deserto, escutado no Evangelho da celebração, D. Rui Valério terminou a homilia com um convite a fazer emergir Deus: “Todos nós estamos na potencialidade de ser permeáveis a esta proposta de que quando tudo falta, de que quando vivemos na escassez do essencial, o perigo e o risco é a autoafirmação de si próprio. Quando tudo falta, emerge o ‘eu’. Não, cara irmã e caro irmão, Jesus mostra-nos o caminho de que é possível que, exatamente nessa experiência de vida, não seja o ego a emergir, a afirmar-se, a impor-se, mas seja Deus. Então, que tu sejas, verdadeiramente, esta imagem e semelhança do Senhor, o qual resplandece no que és e no que fazes”.

fotos por Santa Casa da Misericórdia da Amadora
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