Centenas de pessoas rezaram, na Basílica da Estrela, pelas melhoras de saúde do Papa Francisco. Iniciativa ‘Lisboa reza pelo Papa’, que o Patriarcado de Lisboa organizou na noite deste sábado, dia 1 de março, foi presidida pelo Patriarca, D. Rui Valério: “A melhoras, Papa Francisco! É esta a mensagem que se ergue e eleva a partir desta igreja”.
Este momento de oração pela saúde do Papa teve início com as palavras introdutórias do Patriarca de Lisboa, que destacou como Francisco, “desde o primeiro dia do seu pontificado, pede que rezemos por ele”. “A sua circunstância de debilidade nos move e nos mobiliza à prece, à súplica, para que as melhoras sejam rápidas, para que o regresso ao seu quotidiano normal seja veloz. Tanto mais que, verdadeiramente vulnerável, realmente em estado de doença, está o nosso mundo. O mundo, uma humanidade, nações inteiras que tanto necessitam da presença, da palavra, da mensagem, do sorriso, da simplicidade, do espírito de proximidade do Papa Francisco. É por isso que nós estamos aqui reunidos, na Basílica da Estrela, em nome do Patriarcado de Lisboa, em nome pessoal, mas sobretudo em nome de toda a humanidade. É como se, em cada um de nós, que aqui estamos, permanecesse uma porção de povo que habita à face da Terra. Aquele povo que anseia, realmente, alguém moderado, alguém com espírito de paz, de reconciliação, aquele que nos ensinou a cultivar uma ecologia integral para que também a Páscoa integral”, salientou D. Rui Valério. Depois, o pároco, Cónego Duarte da Cunha, explicou o sentido da celebração. “Rezaremos agora o Terço e vamos acompanhar o Terço com a leitura do Evangelho e textos da Encíclica do Papa Francisco sobre o Sagrado Coração de Jesus. Faremos, por isso, esta oração, como disse o Senhor Patriarca, conduzidos pela mão de Nossa Senhora, mas também seguindo o Sagrado Coração de Jesus. Comecemos, por isso, por invocar o Espírito Santo”, referiu o sacerdote. Oração do Terço A iniciativa ‘Lisboa reza pelo Papa’ contou com a presença do Patriarca Emérito de Lisboa, Cardeal D. Manuel Clemente, e do Núncio Apostólico, D. Ivo Scapolo, e compreendeu a recitação do Terço. No Primeiro Mistério, a assembleia rezou pela missão do Papa. “Neste Mistério peçamos pelo Papa, para que, através do amor de Jesus refletido no Sagrado Coração, isto é, através do horizonte infinito do amor divino, sinta confirmada a sua missão de pastor que nos guia a todos tornando consciente na vida humana, mesmo nas horas mais difíceis, o amor divino”, referiu a jovem leitora. No Segundo Mistério, as orações pediram consolo para o Santo Padre. “Maria, mal soube da Sua missão, partiu para partilhar com a Sua prima a notícia, e leva consigo Jesus que enche de paz a família que O acolhe. Peçamos ao Senhor que nos visita que esteja sempre perto do Papa e o console e encha da alegria que vem de se saber olhado por Deus com misericórdia”, pediu o leitor. Os diocesanos de Lisboa rezaram, no Terceiro Mistério, pela confiança do Papa Francisco em Deus: “Ao nascer em Belém, Jesus manifestou a Sua vontade em nos salvar e nos conduzir à Sua glória. Peçamos ao Senhor para que Santo Padre continue mergulhado no amor ardente de Jesus e possa viver estes tempos com uma total confiança no amor que brota do Coração de Jesus”. O Quarto Mistério foi dedicado à luz. “Por intercessão de Maria, que levou Jesus ao Templo para cumprir a Lei que prometia a vinda de um salvador, e escutou do velho Simeão a confirmação de que Jesus é a luz de todas as nações, peçamos para que nunca falte ao Papa a luz que unifica toda a vida e possa viver estes momentos meditando no seu coração toda a obra de Deus que o Papa tem servido”, pediu o leitor. No Quinto Mistério, o último da oração do Terço, os cristãos rezaram pelos médicos do Papa Francisco: “Por intercessão de Maria, que acompanhou sempre o seu Filho, peçamos ao Senhor que ilumine sempre os médicos que tratam o Papa, para que, movidos pelo amor divino que foi derramado nos corações humanos pelo Espírito Santo, saibam ver o que é melhor em cada momento”. Pedidos No final do Terço, foi rezada a Ladainha de Nossa Senhora e a Oração pelo Papa. “Oremos pelo nosso Beatíssimo Papa Francisco”, convidou D. Rui Valério. “O Senhor o conserve, lhe dê vida longa e o torne feliz na terra, e não o entregue ao poder dos seus inimigos”, respondeu a assembleia, prosseguindo o Patriarca de Lisboa: “Ó Deus, que na vossa Providência quisestes edificar a vossa Igreja sobre São Pedro, chefe dos Apóstolos, fazei que o nosso Papa Francisco, que constituístes sucessor de Pedro, seja para o vosso povo o princípio e o fundamento visível da unidade da fé e da comunhão na caridade”. “A sua doença é uma entrega” Na Basílica da Estrela, este momento de oração pela saúde do Papa Francisco – que está internado na Clínica Gemelli, em Roma, desde o passado dia 14 de fevereiro – teve presente os símbolos da Jornada Mundial da Juventude: a Cruz e o Ícone de Maria ‘Salus Populi Romani’. Na reflexão final, D. Rui Valério destacou o testemunho do Papa Francisco e sublinhou as palavras ‘comunhão’ e ‘esperança’. “Neste tempo de oração, brilha aquela certeza de que o Papa Francisco é aquele que é sempre para os outros, não para si, é aquele que não se poupa, mas se consome, é aquele que não pensa no ‘salve-se a si próprio’, mas no oferecer-se e dar-se. O seu sofrimento, a sua doença, é uma entrega. É alguém que nem sequer daquilo que vive, daquilo que sofre, se sente senhor. Entrega-o. Por nós e pelo mundo. Por isso, caras irmãs e irmãos, esta noite gostaria que cada um de nós, ao regressar aos seus lares, transportasse no seu coração estas duas palavras: ‘comunhão’ e ‘esperança’. São as duas armas do Evangelho. Com elas, o mundo será salvo e com elas nós continuaremos unidos na oração, na comunhão com o Papa Francisco e com a Igreja inteira, na certeza de que o Senhor nos ouve, o Senhor nos atende”, garantiu. O Patriarca de Lisboa deixou ainda palavras de agradecimento: “Gostaria de, nestas palavras finais, elevar ao Senhor um agradecimento profundo por este momento de oração que nos proporcionou. E nesse agradecimento, nesse obrigado literalmente que eu elevo a Deus, gostaria de incluir os muitos obrigados a todas e a todos vós, caras irmãs e irmãos, pela vossa presença, pela vossa oração. O agradecimento à paróquia que nos acolheu, aqui nesta maravilhosa igreja da Basílica da Estrela, um obrigado ao grupo de jovens que nos animou, através do cântico, o grupo coral, agradecer também a quem entoou as meditações e a proclamação da Palavra de Deus e um grande obrigado, obviamente, renovado, ao Senhor, à Virgem Santíssima e ao nosso querido Papa Francisco. A melhoras, Papa Francisco! É esta a mensagem que se ergue e eleva a partir desta igreja”.![]() |
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